Ainda me lembro de meu pai, que dizia que o empresário (ele era lojista nesta época), não deveria se meter em política, religião e futebol, pois isto poderia prejudicar seu negócio.

Com o tempo, ele acabou sentindo que a realidade era diferente, mas sem nunca mudar sua opinião.
Grande engano.

O empresário precisa e deve ter uma participação ativa na comunidade. Pelo menos na que vive.
Esta necessidade é tanto maior, quanto menor é o tamanho da empresa.

Vejamos um exemplo: a Câmara de Comércio (AMCHAM), no Brasil.

Ela tem, entre outras, as seguintes áreas de atuação:

  • Competitividade;
  • Tributação;
  • Propriedade intelectual;
  • Marcos regulatórios
  • Propriedade intelectual;
  • Facilitação de comércio;
  • Comercio exterior;
  • Sustentabilidade;
  • Economia e finanças;
  • Tendência de negócios;
  • Comercio e varejo;
  • TI e comunicação;
  • Gestão de pessoas;
  • Legislação;
  • Infraestrutura;
  • Saúde;
  • Viagens
  • Imprensa;

Relações com o governo

Cada uma destas áreas funciona quase como uma entidade, com direção própria, cursos, seminários, eventos, tudo procurando dar ao seu membro um apoio para mais conhecimento e para aprimorar seu desempenho nos negócios.

É um centro permanente de atualização empresarial, network, aprimoramento pessoal e profissional.

Neste ambiente, é fomentada a ação comunitária, a ajuda aos menos favorecidos, a criação de novas oportunidades.
As necessidades de cada empresário ganha força pela união entre eles.

O governo recebe pleitos específicos, análises técnicas e reconhece na entidade uma representação legítima para o interesse do segmento empresarial e o interesse público destas iniciativas.

Divergências são vistas como fator de crescimento, aperfeiçoamento tanto a nível interno, como na relação entre setores empresariais e entre estes e o poder público.

Quando desenvolvíamos para a Amcham um ciclo de seminários de como desenvolver negócios com os EUA, mais de cnco mil empresários participaram dos mesmos.

É através das entidades que o empresário se mantém informado das tendências macroeconômicas que necessariamente vão interferir em seus negócios.

É através das entidades que os custos são compartilhados e o efeito é multiplicado.

É através das entidades que se conhece potenciais parceiros, associados e clientes.

Mas, participação não se restringe em sua necessidade e importância, àquelas de representação. Muitas outras atividades merecem e precisam ser prestigiadas. Clubes de almoço, organização de serviços, igrejas, organizações políticas, clubes recreativos e esportivos, entre outros.

Nos clubes de almoço, nos relacionamos com pessoas diferentes, que nos trazem atualização, diferentes percepções dos negócios, da realidade econômica e do mundo. Nas entidades de serviço, damos vazão ao nosso prazer de servir ao próximo, fazer o bem e nos fortalecemos na alegria de dar o que podemos a terceiros. Nas igrejas, os que têm fé, conhecem a palavra de Deus e entendem a importância de praticá-la diariamente. Nas organizações políticas, de forma proativa, defendemos nossos princípios ideológicos, doutrinas e temos a oportunidade de marcar nossa passagem por uma ação responsável em favor de nossos ideais.

Além do dever ético de ajuda ao próximo, são nestas entidades que melhor criamos um ambiente social de suma importância para nosso crescimento pessoal e utilidade profissional.

Nelas fazemos cursos, nos relacionamos com pessoas afins, criamos uma network com pessoas que compartilham as mesmas preocupações, os mesmo ideais.

Num mundo globalizado e competitivo, conhecimento é poder. Relações são a base do sucesso.

Sempre sobra a chance de nos colocarmos na turma do “coitadismo”, dos injustiçados, dos que sofrem de “vitimose”, dos rebeldes sem causa, que a tudo criticamos, que de tudo reclamamos, que a todos odiamos, que a todos invejamos.

Na verdade, estes não têm direito a reclamar ou criticar, pois nada fazem, nada constroem nem para os outros, nem para si mesmos.

Passam a ser chatos na conversa com as poucas vítimas que os ouvem e, até mesmo e, principalmente, em casa. Pobres cônjuges!

Infelizmente, os empresários brasileiros na Flórida não têm uma visão desta importância e, em consequência, não vemos entidades fortes que realmente possam ajudar, da forma desejada e necessária, a nossa comunidade empresarial. O Brazilian Business Group / BBG procura suprir esta lacuna e para tal dedica seus esforços.
Somente com uma participação compromissada teremos uma real possibilidade de sucesso.

Mesmo com os ônus do tempo dedicado, do investimento de nossos talentos e conhecimento, teremos resultados melhores para nossas pessoas e nossas atividades empresariais.
Colheremos 1 para 100.

Seguramente receberemos mais do que daremos.

Fonte: Gazeta News