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Publicado em “Boca Raton Tribune – After the ‘Crash’: Assessing the Economy and the Real Estate Market

No dia 6 de Setembro, 2016

Por Carlo Barbieri

 

Housing crashNinguém quer, na verdade, pensar sobre a recessão de 2008. É como tentar lembrar o lado bom de um furacão ou inundação ou a “alegria” sentida quando um político favorito perde uma eleição importante.

Há aproximadamente oito anos a crise de 2008 surgiu; faz quase uma década desde que os primeiros sinais dos maus tempos econômicos começaram a pingar de Wall Street e de Washington.

Por um longo tempo vivemos com as notícias diárias sobre lojas fechando, cortes de funcionários nas fábricas, sobre demissões, diminuição de postos de trabalho e como eles aumentaram ou diminuíram com relação à semana anterior.  Preocupávamos com o dinheiro no banco e se o banco abriria no dia seguinte.

Foi um momento triste, quando muitos de nós não sabiam se chegariam ao local de trabalho apenas para descobrir que já não havia mais emprego ou que talvez a empresa encerrara as atividades de vez.

Tudo aconteceu há um bom tempo e ainda estamos tentando, com muita dificuldade, nos livrar dos dias em que uma constante nuvem escura pairava sobre nosso futuro financeiro.

O gestor municipal da cidade de Boca Raton, Leif Ahnell, durante um café da manhã na Câmara do Comercio afirmou que foram forçados a dispensar 200 funcionários ao longo de vários anos de recessão e fazer cortes orçamentais. Só agora, oito anos mais tarde, o número de funcionários municipais voltou para os níveis anteriores a 2008.

Ahnell afirmou que analistas concluíram que levaria cerca de 10 anos para a cidade se recuperar – e eles estavam certos. Foram anos para a recuperação, não apenas da perda de pessoal, mas dos cortes feitos em programas e serviços. Felizmente, Boca Raton sobreviveu e prosperou novamente, enquanto muitas cidades ficaram com grandes buracos econômicos que, provavelmente, ainda não foram tapados.

Assim como a economia global, essa recessão impactou o mercado imobiliário em geral e as condições de moradia, especialmente no sul da Flórida.  Muitos ainda vivem com medo de outra recessão acabar com o sonho americano da casa própria.  Temos visto os preços subirem nos últimos sete ou oito anos. A oferta de imóveis aumenta e diminui, de acordo com o nível de conforto financeiro de potenciais compradores. As taxas de juros de financiamento da casa própria mantem-se baixas, embora anúncios no rádio avisem que esse fenômeno não irá durar.  Nós esperamos por dias melhores, mas nunca sabemos ao certo quando e se dias melhores virão.

Sim, realmente é difícil livrar-se dos medos e da dor financeira sentidos durante os tempos da chamada “crise imobiliária”. Vimos uma queda no número de americanos que têm casa propria, número que continua baixo.  Ouvimos todos os dias sobre pessoas que ainda não conseguiram juntar dinheiro suficiente para dar entrada na sua casa própria.  O mercado de locação está a todo vapor, por causa de quem não têm condições financeiras de comprar um imóvel. Também ouvimos falar de pessoas fazendo figas, na esperança de um dia poderem participar do sonho americano.

Na verdade, apesar de todos os nossos medos e inseguranças, o mercado imobiliário não está tão ruim quanto pensamos. Em geral, está muito bom. Pelos índices, os preços continuam a aumentar, embora em algumas áreas eles não estejam ainda de volta aos níveis pré-2008.

Scale model homes on grassMuitos mercados como Las Vegas ou regiões metropolitanas na Florida- Miami, Tampa e Orlando- têm valores pré-recessão, apesar de uma melhoria ampla em todo o país, provando que locais que eram incubadoras de um exagero irracional dos proprietários de imóveis anos atrás, não voltaram ao modo antigo, de preços inflacionados incontroláveis, tendo hoje condições equilibradas de competitividade.

Pessimistas alertam que o aumento da procura e dos preços dos imóveis poderia indicar outra bolha imobiliária, da mesma forma que aconteceu em 2005. Mas ao examinar a situação mais de perto, o mercado imobiliário está muito mais saudável do que os tempos pré-recessão.

Na verdade, o site Realtor.com (especializado no mercado de imóveis) mostrou quão diferentes são as condições de agora comparadas a 10 anos atrás, usando medidas como compra para revenda com revitalização (flipping), índice de preço comparado à renda e a quota de compradores usando financiamentos. Mesmo nos mercados em alto crescimento, os comportamentos frenéticos vistos entre 2005 e 2008 não estão acontecendo novamente. Se ainda estivéssemos passando por essa bolha imobiliária, veríamos um excesso de oferta em vez de uma falta de estoque de imóveis, situação que atualmente ocorre no mercado imobiliário.

Em julho de 2016, uma nota no site The Open House afirmou o seguinte sobre o mercado imobiliário de Miami: “Apenas 218 imóveis vendidos e 4.285 imóveis à venda em 31 de julho. A maioria das propriedades vendidas eram em condomínios, com 148 apartamentos vendidos, 65 casas unifamiliares e apenas cinco townhouses vendidas. Dessas vendas, 173 compradores pagaram o preço pedido e 15 vendas estavam acima do preço pedido.”

Algumas pessoas se assustam com esses números, temendo que outra crise possa ser iminente. Mas com o mercado estável, mais provável ser apenas um pontinho na tela do radar do mercado imobiliário, sempre em mutação.

Outro ponto importante: as execuções hipotecárias estão em seu nível mais baixo desde o ano 2000. As pessoas não estão estarrecidas por causa de negócios imobiliários sem cabimento, em que os compradores correm o risco de enterrarem-se em grandes dívidas só para ter uma casa.

Mas algumas pessoas ainda veem o equilíbrio como risco O que a maioria de nós está vendo agora é um mercado imobiliário saudável, que continua firmemente e organicamente a melhorar.

Com base na análise acima, o mercado imobiliário de hoje pede cautela. Existem muitas oportunidades, mas a experiência de um corretor de imóveis se torna uma necessidade.

 

Oxford Realty Group