Stephen Covey em seu clássico livro “O 8º Hábito”,  enumera algumas das expressões mais marcantes das pessoas deprimidas ou pessimistas, como:

“Estou aprisionado na rotina.”
“Não tenho vida própria. Estou esgotado-exausto.”
“Ninguém me dá valor. Meu chefe nem tem ideia do meu valor.”
“Estou frustrado e desanimado.”
“Estou estressado, tudo é urgente.”
“Tem sempre alguém em cima de mim, estou sufocado.’’
“Não posso mudar as coisas.”
Em geral, estes sentimentos decorrem, na empresa, da falta de conhecimento que os colaboradores têm a respeito do que a empresa quer atingir e como.

Segunda uma pesquisa feita pela Harris Poll:
• 37% dos funcionários sabem responder a questão acima.
• 20% tinham entusiasmo com as metas de seu grupo de trabalho.
• Ao final de semana, apenas metade estava satisfeita com os resultados alcançados.
• 15% sentiam que a empresa lhes dava os meios suficientes para atingir as metas.
• 15% sentiam que trabalhavam em um ambiente de grande confiança.
• 17% sentiam que as comunicações eram francas e respeitavam opiniões diferentes.
• 13% tem relações de trabalho em que há grande confiança e intensa colaboração com outros grupos ou departamento .
• 20 % confiavam plenamente nas organizações em que trabalhavam.
Ou seja, se considerássemos estes números em um time de futebol, como analisa Covey:
• Apenas quatro dos 11 jogadores saberia de que lado está o seu gol! Apenas 2 se preocupariam com isso.
• Apenas 2 saberiam em que posição jogam e o que o técnico  espera dele.
• Nove estariam competindo com a própria equipe e não contra o adversário.

Ora, esta falta de comunicação é, em geral, um dos principais fatores de termos colaboradores infelizes, pessimistas e em consequência improdutivos.

Os que leram a revista “Time” de umas semanas atrás, se deram conta de que a motivação da maioria das pessoas está no fato de que, na verdade, somos mais otimistas do que realistas.

Uma pesquisa realizada em 2007  revelou que “enquanto 70% acham que as famílias em geral foram menos bem sucedidas do que a dos pais, 76% dos entrevistados se mostraram otimistas sobre o futuro da sua própria família.”
A aparente contradição se mostra eficiente no grau de empenho que as pessoas têm para com sua vida pessoal e profissional.

Como diz a reportagem “Sem otimismo, os nossos antepassados talvez nunca se aventurariam longe de suas tribos e poderiamos ser todos habitantes da caverna, ainda amontoadas e sonhando com luz e calor”.

Em uma outra pesquisa feita, prossegue a reportagem: “ Para progredir, precisamos ser capazes de imaginar realidades alternativas –  melhores – e nós precisamos acreditar que podemos alcançá-las. Essa fé ajuda a nos motivar  e a buscar nossos objetivos. Otimistas, em geral, trabalham mais horas e tendem a ganhar mais”.

Estudos médicos confirmam que os pacientes otimistas com graves problemas coronários e câncer, tendem a viver muito mais do que os pessimistas.

Cientificamente falando, o otimismo, comprovadamente, tem sido o motor do desenvolvimento do cérebro humano.
O que houve de comum entre Reagan e Roosevelt na superação das crises da stag-inflação dos anos 70 e na grande depressão dos anos 30?

Métodos e formas econômicas, não. Comunicação e liderança, sim. Ambos conseguiram dar à população fé e otimismo de que haveria uma solução e um futuro melhor, se para tal nos empenhassemos.

Reinaldo Polito, comunicador emérito, destaca 5 pontos fundamentais para o sucesso nas comunicações, dos quais extraio 3:
• conteúdo
• emoção
• naturalidade

Em outras palavras, quando nos comunicamos com nossos colaboradores, temos que saber o que queremos dizer (o que esperamos deles); temos que demonstrar claramente que cremos no que estamos dizendo, falar com a emoção; e fazê-lo com naturalidade, sem grandes arroubos, mas sem excesso e retraimento.

O festejado mestre Lair Ribeiro, cujos cursos tive o prazer de fazer, quando vivia no Brasil, diz na apresentação de um de seus seminários: “Aqueles que se comunicam bem e conhecem as técnicas da comunicação interpessoal são mais felizes, amam e são mais amados”.

Está ai uma das mais maravilhosas sínteses do sucesso: Comunicação  é felicidade.
Usando um pouco de minha formação matemática, em economia, ousaria resumir tudo em uma só formula:
Comunicação + otimismo= sucesso.

Vamos, todos, pois , trabalhar por melhores dias. O passado já nos trouxe até aqui. O futuro nos cabe direcionar , mas deverá ser pleno de convicção e otimismo!

Publicado no Jornal Brasilian News – Edição: 734

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