matéria publicada originalmente em ingles pelo Boca Raton Tribune https://www.bocaratontribune.com/bocaratonnews/2021/08/the3-5-billion-plan-the-best-help-from-the-u-s-to-expand-chinas-global-power/

A China, está caminhando rápido para tentar tirar dos EUA da posição de controlador principal da moeda de reserva e troca mundial e, gradativamente, colocar o ”yuan” em posição preferencial que, somado ao domínio da logística do comercio internacional que pretende atingir em 2025 pela China, vai representar um passo definitivo para a chegada da China aos píncaros do poder mundial.

A moeda americana está sofrendo um desgaste em sua credibilidade, face as emissões enormes feitas em função da pandemia e, no atual governo para dar suspenção política ao governo.

No momento que escrevemos esta matéria, a divida americana atravessou os 100% do PIB, atingindo

 $ 28 trilhões, que representa quase 141% do PIB do país.

Com a aprovação deste novo pacote, fora o de $1,1 trilhão para infraestrutura, teremos ainda amis o aumento do débito. Fora a intenção de “perdoar” a divida dos empréstimos para os estudantes que soma mais de $1,760 trilhão.

Vale a pena ver no site https://www.usdebtclock.org/, a evolução a cada segundo da divida interna americana

O débito dos EUA com países estrangeiros, soma cerca de $7,1 trilhões, que compõe a reserva de muitos países. Cerca de 59,5% das reservas mundiais está em dólares, seguido pelo Euro, Iene, libra e Yuan, na rabeira, atualmente só perdendo para “outros” (vide gráfico do FMI).

Neste momento de corrosão da credibilidade do mundo, em particular dos países aliados, dos EUA, em função de da catástrofe do Afeganistão, coincide com a China estar fortalecendo sua moeda digital, que terá dois efeitos importantes.

Internamente terá total controle dos gastos e disponibilidades de cada cidadão no país, com poder de cercear o uso da moeda de qualquer pessoa a qualquer tempo

Internacionalmente, esta moeda que já vinha ganhando corpo através dos acordos regionais na Ásia, que fez com que de quase zero do comercio feito com a China há dez anos, em 2019 já tinha chegado a cerca de 13,4% em termos de bens e 23,8 % em serviços.

Com a produção de cerca de 20% da produção econômica mundial ela poderá e, o fará, impor um percentual de sua moeda, nas compras de seus produtos e nas importações, forçando, desta forma a entrada da moeda nas trocas mundiais nas quais participa.

Num exemplo simples, se o exportador de soja do Brasil quiser vender a China terá que receber uma parte em yuan e por sua vez quem quiser comprar seus produtos poderá ser forcado a pagar também na moeda chinesa.

Estes fatos seriam impensáveis com um governo e dólar forte com o estava há 2 anos atrás. Hoje e num futuro próximo isto não acontece e esta avalanche de dinheiro deverá fazer o prestígio do dólar rolar ladeira abaixo.

Isto sem considerar a análise do sistema financeiro americano que prevê uma alta inflação com uma pequena recessão até o final deste ano e início do próximo, que poderá, inclusive (esperamos que não) uma estagflação.

Vamos ver quanto o governo e legisladores americanos que agilizar a chegada da China ao gorno mundial.

Carlo Barbieri