2025: O Novo Governo Trump e a Reconfiguração da Parceria Transatlântica

 A Europa, após a segunda guerra, acostumou-se a ser recebedora de benefícios e a “dar esmolas com o chapéu dos outros”.

Formou um bem-sucedido M bloco comercial hermético em que nada entrava que concorresse com seus países, importava da China para comprar mais barato e exportava, para o mundo todo, principalmente para os EUA, gerando empregos bem remunerados em suas fronteiras
Para manter preços competitivos, aumentou a imigração de forma desmesurada dando fantásticos privilégios aos imigrantes.
Subvencionava sua agricultura, distribuía bem-estar aos seus cidadãos e coibia entrada de produtos melhores e mais baratos, como do Brasil
Terceirizou sua segurança passando a conta para o Tio San.
Com a entrada de TRUMP,  se deu conta que tinha 1 dinheiro para pagar 3 contas:

  • Bem-estar de seus cidadãos.
  • Subsidiar a mão de obra de imigrantes.
  • Pagar a conta de sua segurança.

O ano de 2025 marca um capítulo decisivo nas relações entre os Estados Unidos e a Europa, com a posse do novo governo Trump, que traz consigo uma agenda de “America First” revisada e mais assertiva. Em um cenário global de incertezas geopolíticas e pressões econômicas, a administração Trump busca redefinir as regras do jogo, priorizando reciprocidade comercial, segurança condicionada a contribuições financeiras e uma diplomacia pragmática que coloca os interesses domésticos no centro.

Comércio e Tarifas: A Revolução da Reciprocidade

Uma das primeiras medidas do governo Trump em 2025 é a imposição de tarifas setoriais escalonadas sobre produtos europeus, especialmente em setores considerados estratégicos, como automóveis (até 20%), produtos químicos (15%) e aço (30%). A justificativa é clara: reduzir o déficit comercial bilateral, que, segundo a Casa Branca, “beneficia historicamente a Europa em detrimento dos trabalhadores americanos”. A União Europeia, por sua vez, ameaça retaliar com taxações sobre exportações agrícolas dos EUA, como soja e milho, além de ampliar barreiras a empresas de tecnologia americana que não cumpram normas de privacidade de dados do bloco.

A novidade em 2025 é a política de acordos setoriais, proposta por Trump para substituir negociações amplas. Um exemplo é o entendimento preliminar entre a UE e os EUA para eliminar tarifas em produtos de energia limpa, como hidrogênio verde e baterias avançadas, desde que a Europa compre matérias-primas críticas de mineração americana. Esse modelo espelha a visão trumpista de “ganhos tangíveis e imediatos”.

Segurança e OTAN: A Cobrança por “Contribuições Justas”

Na defesa, o governo Trump retoma a pressão por maior investimento europeu na OTAN, agora com um mecanismo inédito: quotas obrigatórias de gastos. Países que não atingirem 2,5% do PIB em defesa até 2026 perderiam acesso a inteligência estratégica compartilhada e prioridade em contratos de armamento americano. Em resposta, a UE acelera o Fundo Europeu de Defesa, ampliando seu orçamento para € 15 bilhões em 2025, com foco em cibersegurança e drones de combate. A Alemanha surpreende ao anunciar um imposto temporário sobre grandes fortunas para financiar sua modernização militar, sinalizando uma mudança de paradigma.

Imigração e Competitividade: O Efeito Cascata

A política de imigração restritiva de Trump em 2025 — com cortes de vistos de trabalho e deportações aceleradas — impacta diretamente a Europa. Setores como TI e saúde, que dependiam de profissionais qualificados formados nos EUA, enfrentam escassez de mão de obra. Como solução, a UE lança o Programa de Atração de Talentos Emergentes, oferecendo cidadania acelerada a engenheiros, médicos e pesquisadores que deixam os EUA devido às novas regras. Paralelamente, a França e a Itália aprovam leis para automatizar serviços públicos essenciais, reduzindo a dependência de imigrantes em setores críticos.

Tecnologia e Energia: A Corrida pela Liderança Verde

O governo Trump mantém o foco em dominância tecnológica, mas com um viés protecionista. Em 2025, o “Inflation Reduction Act 2.0” direciona US$ 200 bilhões para subsídios a fábricas de semicondutores e energia nuclear em território americano, sob a condição de que empresas estrangeiras (incluindo europeias) transfiram pelo menos 40% de sua produção para os EUA. Gigantes como a Siemens e a BASF anunciam parcerias híbridas, criando joint ventures com empresas americanas para acessar incentivos.

Na energia, os EUA consolidam-se como o maior exportador global de GNL (gás natural liquefeito), captando mercados antes dependentes da Rússia. A Europa, embora comprometida com a transição verde, aceita contratos de curto prazo para garantir suprimentos, enquanto acelera investimentos em hidrogênio produzido no Norte da África.

Conclusão: Uma Nova Geometria de Poder

Em 2025, a parceria transatlântica não é mais pautada pela dependência unilateral, mas por uma negociação contínua e multifacetada. O governo Trump, embora disruptivo, força a Europa a acelerar sua autonomia estratégica, enquanto os EUA reforçam seu papel de potência indispensável — ainda que através de mecanismos mais assertivos.

Como resumiu o chanceler alemão, Christian Lindner: “Trump nos ensinou a ser mais pragmáticos. Hoje, cooperamos não por idealismo, mas por interesse calculado”. Nesse novo tabuleiro, os EUA seguem como farol de inovação e poder militar, mas a Europa aprende a navegar como ator global soberano — mesmo que a custo alto. A reciprocidade, agora, não é uma opção, mas a única regra do jogo.