O sonho americano está cada vez mais perto de se tornar realidade para quem é investidor. Em tempos de escassez financeira no País e uma boa dose de descredibilidade política e judiciária, os especialistas apontam que essa pode ser a melhor hora para investir nos Estados Unidos. Por meio de uma modalidade de visto, qualquer cidadão, de qualquer nacionalidade, pode se tornar um investidor na América, basta que se cumpram três requisitos básicos.

O visto EB-5, que existe desde 1990, abre o mercado norte-americano para investidores internacionais, mas demanda que os candidatos preencham requisitos como: aplicar US$ 500 mil, abrir uma empresa nova e que gere pelo menos 10 novos empregos. Esse empresário recebe o direito ao Green Card (residência fixa) e morar nos EUA por cinco anos. Após esse período é possível optar pela cidadania americana.

O CEO da consultoria internacional Oxford Group, Carlo Barbieri, explica que o interessado no EB-5 não precisa ter qualquer obrigação com o projeto no qual o capital foi investido. O brasileiro erradicado nos EUA há 25 anos também informa que, com o investimento o indivíduo e sua família (filhos menores de 21 anos) poderão morar e trabalhar em qualquer Estado norte-americano.

“Não é preciso ter especialização ou experiências profissionais específicas. Não é preciso aguardar sorteios nem lista de esperar para obter o Gree Card. Entre os critérios para tornar-se um investidor nos EUA, são: não ter ficha criminal, possuir capital suficiente  para viver no país durante o período de conco anos sem dispor do valor investido, e comprovar a origem limpa do dinheiro utilizado”, enumera.

Ainda conforme Barbieri, a pessoa interessada no programa EB-5 pode aplicar seu dinheiro em seu próprio projeto no programa. Este terá que desenvolver um plano de negócios específico, demonstrando que o capital será investido em uma nova empresa, atendendo os critérios com relação à geração de empregos. “Nesse processo é muito importante ter o suporte de uma consultoria especializada, para acompanhar a tramitação e para garantir que o projeto esteja de acordo com as normas da imigração”, alerta ao garantir que, ao final dos cinco anos previstos na legislação o investidor tem a certeza de que terá seu dinheiro de volta (US$ 500 mil). 

Economia sólida atrai os investidores estrangeiros

Para o economista americano, Kevin Wright, independente da crise do Brasil, os Estados Unidos é o país mais sólido economicamente e o que traz oportunidade para as famílias terem um melhor nível de educação para as crianças por um menor preço. “No momento em que eles se tornam residentes nos EUA, a diferença de preço entre pagar uma universidade para um estrangeiro e um brasileiro que vai pra lá, cai de 50 mil dólares por ano para 15 mil dólares por ano”, detalha Wright.

E não apenas isso: “a  busca por uma melhor educação para as crianças em um lugar saudável e seguro, aliado a uma economia que está se fortalecendo faz com que a mudança do Brasil para lá atinja a necessidade e o desejo da família de dar um futuro melhor para seus filhos, e dos empresários de terem um futuro melhor para seus negócios”.

Análise – O brasileiro é criativo

O investimento brasileiro nos EUA é extremamente bem-vindo. Primeiro porque está trazendo recursos a cada investidor do EB-5, gerando empregos nos EUA, o que é extremamente estimulante. O presidente dos EUA quer investidores que aportem para o país coisas interessantes. Pessoas educadas, que tragam recursos. No caso do Brasil, a vantagem é a adaptação do Brasil dentro do mercado e da cultura americana é muito rápida, ao contrário, muitas vezes de culturas diferentes. E quando chegam os imigrantes brasileiros, eles trazem esse espírito criativo, que é muito bem-vindo é necessário à América e para o empreendedor. Tanto da parte do governo americano, do atual presidente como da parte do setor empresarial, a chegada dos investidores brasileiros é extremamente bem-vinda. 

Número – US$ 500 mil é o valor que o candidato ao visto EB-5 precisa investir para um negócio novo nos Estados Unidos e gere pelo menos 10 empregos.