Esperança & Esperança

By Carlo Barbieri

Publicado em 09 de Maio de 2016 na revista Comex do Brasil

 

Carlo Barbieri presidente do Grupo Oxford Paulo Freire bem destacou a diferença entre a esperança do verbo esperançar com esperança do verbo esperar.

 

Parece que a classe empresarial brasileira, nos últimos anos, adotou a postura da esperança do verbo esperar.

 

Como na história do sapo, na panela em que a água ia sendo aquecida, ele não queria pular e preferia ficar na zona de conforto… até virar sopa!

 

Nossa produção industrial foi caindo, os empregos dizimados, enquanto os políticos do governo iam enchendo os bolsos.

 

Até que, a sobrevivência falou mais alto e as entidades patronais se sublevaram. O sapo pulou fora da panela quente. Já queimado, raquítico, ferido, mas vivo.

A política de destruição da competitividade da indústria brasileira data dos postulados do PT de antes do Lula ser eleito.

 

De forma nenhuma podemos deixar de valorizar o sucesso desta decisão! As empresas em geral e a indústria em particular foram sendo dizimadas, com impostos, leis trabalhistas e destruição do mercado interno. O dólar impedia a competição no mercado externo.

 

Da mesma forma que, a transformação do Brasil em uma república bolivariana, antecede à primeira eleição de Lula.

 

Todas as providencias foram adotadas, da compra dos venais políticos que um a um foram cooptados, através de mensalões, petróleos e outros artifícios corruptores, ao gradual domínio do Judiciário. Ministros indicados para evitar que a justiça seja feita! Presidente da Suprema corte se reunindo na surdina em pais estrangeiro, ministros a serem nomeados recebem contratos sem fim definido de milhões de reais, filhas de ministros, despreparadas e adolescentes, sem histórico, sendo nomeadas desembargadoras. Enfim tudo o que pode ser feito o foi para a instalação da república bolivariana que nos levaria, docilmente, a um governo cubano, pelo qual lutaram pelas armas, atingindo pela sutileza e métodos ardilosos.

 

Pelo menos as forças armadas embora tenham sido destruídas não se venderam, como as da Venezuela.

 

Mas, a destruição do país sob a ótica doutrinaria, terminará nesta quinta-feira. O país, porém, seguirá destruído, como um moribundo largado à beira da estrada. Não vemos, infelizmente, um bom samaritano capaz de levar este combalido à pousada para ser curado.

 

Os mesmos do botim anterior, porém sem ideologia, estarão no comando. A corrupção só é combatida pela Republica do Paraná.

 

O Supremo que dava a impressão de se acocorar ao poder político, agora está numa encruzilhada: segue com a mesma altivez  como se posicionou ao afastar o presidente da Câmara, contra o presidente do Senado, e depois, os mais de 300 parlamentares envolvidos em corrupção, ou terá sido apenas uma ação de revanche contra aquele que defenestrou a sua querida e benfeitora Dilma?

 

O que importa à classe empresarial é seguir em frente, reconquistar o terreno, gerar empregos e salvar a economia do país.

 

Toda crise, sempre aprendemos, é uma oportunidade.

 

O mercado internacional segue aberto aos que queiram sair das limitações geográficas do país.

 

Aliás, nunca esteve melhor.

 

Basta planejar e não se aventurar.

 

Precisa prever para não ter que arremeter.

 

Precisamos sair da esperança do verbo esperar para a esperança do verbo esperançar.

 

Centenas vieram para os EUA, algumas dezenas se deram muito bem.