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Matéria publicada na Revista Foco America por Carlo Barbieri CEO do Grupo Oxford

Se você pusesse a Flórida e os Estados Unidos em uma competição cara a cara, qual dos dois estaria no topo nas áreas de crescimento de empregos e vitalidade econômica?

Essa seria uma competição no mínimo acirrada. Os EUA é composto por centros populacionais em expansão e também por regiões menos populares. É uma mistura de cidades antigas, estilo velho-oeste, na parte nordeste do país e por novas, vibrantes e dinâmicas metrópoles, nas regiões de clima quente do sul e oeste.

Ao contrário dos EUA, a Flórida não precisa pagar por seus próprios militares e tudo mais e ainda tem uma popularidade intrínseca que atrai as pessoas para áreas de maior prosperidade como Miami, Fort Lauderdale e Palm Beach, no sul, até Orlando, no centro e Sarasota, Pensacola, Tallahassee e Jacksonville no norte.

Mas os EUA têm suas vantagens, com muitos departamentos trabalhando para trazer impostos para assim manter a ordem e as pessoas protegidas. Entretanto, está sob a responsabilidade do país o sistema legal da nação, tais como, o departamento de educação, os escritórios que investigam crimes nacionais e internacionais e também tem de lidar com nações ao redor do mundo onde muitos líderes são hostis à nossa nação.

Basicamente, os EUA têm muito trabalho em que a Flórida não se envolve.

Além disso, a Flórida faz parte dos Estados Unidos, portanto, o nível de sucesso ou fracasso do país é refletido nos números gerais.

Vamos analisar um pouco algumas das recentes observações sobre a Flórida e os EUA e ver como elas se comportam.

O departamento de Análises Econômicas dos EUA (BEA – Bureau Economic Analysis) informou há alguns anos atrás que o crescimento econômico da Flórida em 2014 superou a média nacional, o mesmo ocorreu em 2013. Os bens e serviços produzidos na Flórida aumentaram 2,7% em comparação com 2,2% da média nacional de quatro anos atrás.

O crescimento na Flórida superou todos os estados a leste do rio Mississippi, exceto a Virgínia Ocidental, onde a economia saltou 5,1% graças à indústria de mineração. A economia da Flórida, por sua vez, se beneficiou do forte crescimento dos setores imobiliário, de aluguel e de arrendamento, disse Dail. Segundo dados do governo federal, a Flórida cresceu três vezes mais no setor imobiliário nacional, ficando apenas atrás de Dakota do Norte.

No geral, o crescimento econômico da Flórida ficou em 11º lugar no país há quatro anos atrás – bom o suficiente para bater qualquer estado que toca o oceano Atlântico – incluindo Nova Iorque, Massachusetts, Virgínia e Geórgia.

Se você se perguntar como a economia da Flórida se compara com o resto dos EUA, um novo estudo do WalletHub* mostra uma luz sobre o quão bem estamos nos saindo.

Depois de avaliar os 27 principais indicadores econômicos de força e desempenho, WalletHub ranqueou a economia da Flórida em 22 deles, em comparação com o resto dos Estados Unidos e com o Distrito de Columbia.

WalletHub analisou dados que variam desde a atividade econômica e saúde econômica até o potencial de inovação.

Veja como a Flórida se classificou em alguns dos itens (sendo o 1º lugar a melhor posição e, o 25º lugar a média):

  • 5º lugar: crescimento do PIB;
  • 37º lugar: Exportações per capita;
  • 2º lugar: Atividades de empresas Startups;
  • 35º lugar: Percentual de empregos em indústrias de alta tecnologia;
  • 39º lugar: Média da renda familiar anual;
  • 3º lugar: Mudança nas folhas de pagamento não agrícolas (2016 versus 2015);
  • 23º lugar: superávit e déficit do governo per capita;
  • 31º lugar: taxa de desemprego.

O único ponto fraco: a participação per capita da Flórida na economia – a produção de bens e serviços do estado dividida por sua população – continua a ficar para trás em relação ao total do país.

Demorou um pouco, pois a Flórida passou os últimos anos se recuperando da recessão de 2007-2008. Economistas dizem que a reviravolta começou em 2011, quando a economia do estado na verdade contraiu 0,6%. Os bens e serviços cresceram apenas 1,7% em 2012, abaixo da média nacional em 1,9%.

Uma boa notícia foi publicada recentemente, com a previsão de que a Flórida chegue a uma economia de $1 trilhão de dólares em 2018, mas a criação de empregos deverá desacelerar, segundo o encontro de economistas “The 2018 Economic Outlook Summit” que ocorreu há pouco tempo em Tallahassee.

Liderados pela câmara de comércio do estado, os dados do encontro mostraram que a Flórida possui um mercado em expansão, muitos novos residentes gerando novas rendas e um alto produto interno bruto. O PIB do estado, ou o valor de todos os produtos e serviços, “é maior que o da Arábia Saudita”, disse Mark Wilson, presidente e CEO da Câmara da Flórida.

O aumento do emprego – que só tem crescido na Flórida por pelo menos 10 anos – deve desacelerar um pouco. A previsão é que a Flórida adicione 180 mil novos empregos em 2018, um pouco menos do que no ano anterior.

“A criação de empregos chegou ao seu topo”, disse Jerry Parrish, economista-chefe da Câmara do Estado.

Olhando para o aumento do emprego em nível nacional, metade das novas posições de trabalho criadas nos Estados Unidos em 2017 foram em apenas cinco estados: Califórnia, Texas, Flórida, Nova Iorque e Geórgia. De acordo com a secretaria de estatísticas do trabalho (BLS – Bureau of Labor Statistics), esses estados têm cerca de 36% da população dos EUA, mas capturaram 51% do crescimento de emprego.

Cidades grandes e em expansão, como Dallas, Nova Iorque, Atlanta, Miami, Los Angeles, Houston, Riverside, São Francisco e Orlando, são as potências da economia.

Finalmente, com todas essas informações, o jornal U.S. News & World Report* publicou uma lista dos 100 melhores lugares para se viver na América. O ranking foi elaborado de acordo com cinco métricas: mercado de trabalho, valor, qualidade de vida, conveniência e migração.

Com base nesse ranking, o melhor lugar para se morar na América é em Austin no Texas, seguido por Denver no Colorado, depois San Jose em Washington D.C. e finalmente Fayetteville em Ark.

As comunidades da Flórida não entram na lista até Sarasota, na 21º posição, com suas praias quentes e cultura próspera; já Tampa, com seu estilo de vida descontraído ficou em 35º lugar; Orlando com toda a magia dos parques temáticos está em 40º; Jacksonville em 45º e Melbourne em 49º posição com sua população centrada na costa.

Para se pensar: se a Flórida fosse um país, de acordo com a Câmara estadual, ficaria em 16º lugar no mundo.

 

WalletHub é uma empresa da web que possuiu um site de finanças pessoais reconhecido por suas listas de classificações.

U.S. News & World Report é uma empresa reconhecida em classificações de universidades, pós-graduações, hospitais, fundos mútuos, automóveis, pesquisas sobre condições de saúde e diversas notícias relacionadas à política, negócios, saúde e educação.