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Matéria publicada na Revista Foco America por Carlo Barbieri CEO do Grupo Oxford

Diante de um mundo cada vez mais globalizado, cada vez mais temos que acompanhar não apenas o que acontece na economia em nosso país, mas ao redor, pois a interferência do que ocorre em nações como a China, EUA e Europa, tem tudo a ver com nossa empresa e negócios, por menor e mais isolada que pareça.

Se os EUA brigam com a China, abre espaço para o nosso mercado nos EUA, mas, pode fazer com que as empresas americanas busquem reforçar suas exportações para o Brasil.

Se o Brasil não aceita a pressão americana para ser mais justo nas relações de troca com o Brasil, exigindo cotas ou limites nos impostos de importação, temos que buscar colocar nossos produtos nos EUA, por países que tenham com ele, acordos de livre comércio.

Se a Europa entra num novo ciclo de crescimento, abre-se o mercado para nossos produtos e teremos que buscar ter (dar) mais competitividade com tarifas melhores de exportação.

Se nossa economia vai mal, e não apresenta esperança de crescimento sustentável a médio prazo, as empresas brasileiras vão buscar mercado em outros países, se globalizando e eventualmente abrindo mais espaço no mercado interno.

Ao mesmo tempo, vão se tornar mais competitivas, com melhor aproveitamento de sua capacidade produtiva. Os nossos recursos, sejam eles intelectuais, financeiros e mesmo empreendedores, estarão imigrando para os países que lhe oferecem melhores condições e perspectivas, como é o caso dos EUA, no momento.

Se o crescimento econômico americano entra numa ascensão muito grande, teremos um provável aumento na taxa de juros nos EUA, o que trará um aumento do fluxo de capitais para este país, que elevará o valor do dólar e os juros internos. Perderemos competitividade, pois teremos mais custos financeiros e menos reais por exportação de nossos produtos.

Se Portugal financia uma rede de TV para mostrar sua segurança e a facilidade de se tornar residente investindo em imóveis, teremos aplicadores que preferirão colocar uma parcela de seus recursos lá, para colocarem um pé na Europa, através de um país que possui baixo custo de vida, com relação ao continente, falando a nossa língua-pátria.

Se o brasileiro perde a sua fé nas suas instituições, tende a colocar seus recursos em um porto mais seguro, diminuindo a capacidade de reinvestimento em seus negócios, que trará como consequência imediata o aumento de seus custos e a médio prazo a perda de competitividade.

Por outro lado, na globalização, não há solução sem internacionalização.

E, não há internacionalização de sucesso sem levarmos em conta, entre outros fatores, os aspectos políticos e macroeconômicos.

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