matéria publicana originalmente em ingles no Boca Raton Tribune https://www.bocaratontribune.com/bocaratonnews/2021/03/the-red-wave-in-latin-america/

Após muito se falar sobre a onda azul nos EUA com a perspectiva do partido democrata  conseguir uma avassaladora vitória  no congresso americano, que na verdade não ocorreu, começamos ver a “onda vermelha” na América Latina, esta sim com reais possibilidade de se concretizar.

Além da ditaduras, como  a da Venezuela que segue com um governo central sob Maduro, assim como Cuba e Nicarágua, tivemos a Argentina, que numa primeira fase, foi eleito um governo com votos populares.

A Bolívia voltou ao domínio de Evo Morales e os “cocaleiros”, através de Lucho Arce.

O Equador, após a fim do governo de Rafael Correi, multi-incriminado por corrupção, a esquerda, tem chance de voltar ao poder, por seu pupilo Andrés Arauz, que se bem não levou a eleição no primeiro turno, pouca chance haverá para que o conservador, Guilherme Lasso consiga vitória no segundo turno, pois o terceiro candidato, Yaku Péres, que representa a forca indígena não se somará a ele. Com isto em 11 de abril deveremos ter mais um país com a esquerda no poder.

O México também está com a esquerda, desde as últimas eleições.

O Peru e a Colômbia, também estão com a esquerda com mais chance de sucesso, nas próximas

Como não há relação entre promessas e realidade, o populismo seguirá ocupando o espaço político, seja à esquerda ou a direita, em alguns casos.

A tendência é a vitória dos, como chamamos no Brasil, “poste” quando o principal líder esta proibido de se candidatar ou prefere ficar fora das câmeras, para que seus malfeitos sejam trazidos à luz.

No Chile, após a aprovação da constituinte, teremos não apenas uma nova constituição que poderá levar o país à ingovernabilidade, como já começou o movimento de saída de capital do país.

No Brasil, o único país com 12 presidentes no exercício do mandato, um eleito e 11 que mandam, a economia se deteriora em velocidade extraordinária, a dívida pública chega a números catastróficos, a inflação está voltando e proibição de uma ação coordenada e centralizada no combate a Covid, leva o país para um trauma sem solução à vista.

Sua credibilidade externa se esgarça, o Banco Central inverte bilhões de dólares para tentar evitar uma desvalorização ainda maior do real, frente a moeda americana, que iria ainda piorar a tendencia de aumento da inflação e do endividamento privado.

Há previsões mais “pessimistas de que, sem intervenção o dólar chegaria, ou chegará a R$8,00 por dólar.

Tudo leva a crer que teremos uma necessidade, a curto prazo, de aumento dos juros básicos do SELIC elevando-o a 2,5%, de imediato, pois os números estão a exigir, como o IGP-M com alta de 1,92% na primeira previa de fevereiro.

Com um Congresso carente de espírito público a situação se deteriora. Me lembra a frase de um deputado, ao ser instado a falar sobre os parlamentares estarem se protegendo contra os interesses da nação e sua população: “vocês não sabem ler? Esta “casa é a Câmara DOS Deputados”, não é casa da população ou do Brasil… e aclarada a questão, de forma cristalina, encerrou a conversa.

Vamos ver o que teremos em 2022.

De qualquer forma, a “onda vermelha” ganha o cenário, o que está levando a mais investidores optarem por colocar seus recursos nos EUA, para tristeza dos países da AL tão carente de recursos para investimento.