citrus 7Ricardo Wendel, Carlo Barbieri e Mychel Martins

 

Artigo publicado na revista «Discover Florida, edição 14»

“Diga-me onde clicas e eu direi quem és” Esta frase marca a visão de Ricardo Wendel, sócio da Citrus 7, empresa brasileira que o designou para expandir os negócios da agência nos EUA.

Segundo ele, a primeira coisa que fazemos quando acordamos, é olhar para o nosso celular, seja para desligar o despertador, para confirmar a hora, saber como está o tempo lá fora ou para começar a ver as notícias em redes sociais e outros aplicativos. Quando vamos dormir, não é diferente: acertamos o relógio e sempre damos aquela “última olhada” no que está acontecendo na internet.

Se esquecermos o celular em casa é meia-volta na certa, afirma Ricardo.

“Nossos negócios iam e seguem indo muito bem no Brasil, mas sabíamos que se não entrássemos no mercado americano, estaríamos longe ou seguiria sendo muito caro ter o que há de melhor ou mais adiantado na tecnologia que usamos e necessitamos”.

“Portanto, é fato que hoje somos dependentes da tecnologia e que estamos conectados a todo momento. A internet já deixou de ser há muito tempo uma rede de computadores e virou uma rede de pessoas. Os indivíduos são a plataforma e a tecnologia é o meio”.

Ao tomarmos essa decisão, sabíamos que seria um caminho sem volta e que erros poderiam sair caro e, talvez, até afetar nossos negócios no Brasil.

Buscamos uma empresa de consultoria que nos desse a confiança de que teríamos sucesso. Ninguém entra nos Estados Unidos sozinho ou baseado em suas experiências no Brasil. Seria suicídio.

Para nossa sorte, meu pai é amigo de infância de uma pessoa que mora em Boca Raton e me apresentou a ele que, por sua vez, conseguiu uma entrevista com um colega dele da Faculdade de Economia, dono da maior empresa de consultoria brasileira nos EUA, a Oxford, e com quem não é fácil marcar hora ou que aceite uma reunião sem saber o projeto.

Posso dizer que fizemos sucesso na apresentação da empresa. Informamos que ao estarem conectados, dados são coletados e armazenados na nuvem. Esta “big data” tem informações de quem somos (sexo, idade, onde vivemos, estado civil, se temos filhos, grau de escolaridade) e do que fazemos e gostamos (por onde navegamos, o que compramos, o que vemos, o que ouvimos, o que curtimos e muitos outros os “quês”). Algoritmos de análise, nos dividem em grupos que reúnem pessoas com perfis, interesses e comportamentos similares.

O presidente da Oxford, Carlo Barbieri, um grande estrategista, logo nos disse que “ter acesso a este conhecimento é ter poder de fazer uma comunicação efetiva: entregar a mensagem certa, para a pessoa certa, no momento certo e no lugar certo”.

Contratamos a Oxford para ser nosso “one stop shop” nos EUA. Do nosso visto, a locação da casa, adaptação cultural até a transferência de recursos a Oxford cuidou e, claro, principalmente a feitura da pesquisa de mercado, os planos de negócio e estratégico de entrada, que são as suas atividades principais.

Com isso evitamos erros, custos e rapidamente estávamos no mercado.

Nos apresentaram clientes e parceiros importantes para nosso trabalho.

Num primeiro negócio, um restaurante, estamos aumentando em mais de 15% as vendas a cada mês, nesta fase inicial.

Como temos demonstrado aos nossos clientes, usando a” big data” a nosso favor claro que respeitando todas as regulamentações de privacidade, podemos descartar o velho jeito de comunicar. Não compramos mais “espaços”, compramos usuários dentro do nosso grupo de interesse.

Conseguimos demonstrar para muitos negócios, que faz mais sentido o uso desta ferramenta, particularmente se o produto ou serviço não for extremamente massificado. Mais viável investir em mídia digital do que comprar espaços, como módulos em jornal, páginas de revista, spots de rádio, segundos na TV, outdoor nas ruas e até mesmo banners em portais.

Nosso sucesso se deveu em entrarmos num mercado tão competitivo como o americano, em tão pouco tempo, a termos um produto de ponta e termos tido uma grande consultoria que nos alertou para o que deveríamos fazer e não fazer, nos entregando o mercado na mão.  Se nosso produto é focado no sucesso de nossos clientes, a Oxford é focada no sucesso de seus clientes.