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Dados do Banco Central mostram que apenas este ano o país já recebeu US$1,91 bilhão oriundos de contas correntes norte americanas, por exemplo. Em agosto deste ano, o Brasil registrou o maior percentual de operações cambiais desde 2010. Economista que atua nos EUA há mais de 30 anos alerta que o maior trânsito de remessas acende alerta para fraudes.

O alto volume de remessas de dinheiro que os cidadãos do Brasil emitem e recebem do exterior cria um cenário de muitas possibilidades para fraudes. O economista Carlo Barbieri, presidente da maior consultoria de investimentos para brasileiros nos EUA, o Oxford Group, acredita que este maior trânsito de remessas também deve aumentar a ocorrência de fraudes e estimular a procura por serviço cambial especializado e confiável.

O Banco Central (BC) registrou que, em agosto último, houve a maior quantia de dinheiro remetido do exterior para o Brasil desde 2010, em comparação com o mesmo mês dos anos anteriores. Foram US$ 290 milhões enviados para território verde e amarelo, com cerca de 25% desse valor referente a dólares oriundos dos EUA, país mais participativo nesse quesito. Em todo o ano, o País já recebeu US$ 1,91 bilhão em transferências pessoais do exterior.

Quando o assunto é envio de dinheiro para outros países, os EUA também lideram as opções dos brasileiros. Em 2019, conforme as estatísticas divulgadas pelo BC, dos US$ 1,38 bilhão emitidos para o exterior, US$ 301 milhões foram para contas norte-americanas, o que equivale a quase 22% do total.

“São grandes valores movimentados e muitas vezes quem está nos EUA enviando para parentes, ou, no Brasil, recebendo não se atenta para a complexidade de uma operação dessas. Já vimos operações policiais sobre esse assunto, então todo cuidado é pouco. Contar com o serviço e orientação especializados pode evitar prejuízos”, salienta Carlo Barbieri que cita corretoras como a Fair USA como opção segura.

Em agosto deste ano, por exemplo, a Polícia Federal deflagrou a Operação Masqué, em que, junto à Receita e ao Ministério Público Federal, investigou fraudes em 1.178 contratos irregulares de câmbio. O valor somado do prejuízo superou US$ 100 milhões. Essa ação não foi isolada e serviu como desdobramento de outras operações policiais de cunho parecido realizadas entre 2009 e 2010.

Dólar Imigrante

Aumentou o número de imigrantes brasileiros nos Estados Unidos. A comunidade ‘made in brazil’ que reside no país norte americano já está mais integrada que a maioria dos outros imigrantes, é mais qualificada e ganha melhor, muitas vezes, que os próprios americanos nativos. É o que revelou um estudo feito por pesquisadores brasileiros e divulgado em 2017.

“Quando alguém faz o caminho correto de se mudar para outro país, com ajuda de consultorias especializadas, o sucesso desse imigrante na empreitada garante que ele esteja mais propenso a enviar dinheiro para quem ficou na sua terra. O sucesso dos brasileiros aqui nos Estados Unidos também injeta dólares no Brasil, o que é algo bastante positivo”, explica, Carlo.

Os dados compõem o livro “Brasileiros nos Estados Unidos: Meio Século Refazendo a América (1960-2010)” lançado em 2017 por Álvaro de Castro e Lima e Alanni Barbosa de Castro. No estudo, os pesquisadores reuniram informações do censo norte-americano (American Community Survey) de 2014, os mais atuais disponíveis, na publicação, e do Itamaraty. De acordo com o levantamento, os brasileiros nos Estados Unidos têm maior nível educacional que a média de todos os imigrantes, sendo que 46% têm ensino médio completo e superior incompleto e 30% são graduados no ensino superior, contra 35% e 23% dos demais.

No quesito renda, os brasileiros também se destacaram. Nas regiões com maior concentração de nascidos no Brasil, a renda domiciliar média varia de US$ 75.632 na Califórnia a US$ 42.534 em Massachusetts. Nova York-Nova Jersey e a Flórida registram níveis de renda de US$ 56.472 e US$ 48.707, respectivamente. Enquanto os trabalhadores brasileiros recebem anualmente US$ 45.379 e os trabalhadores imigrantes de outras nacionalidades têm salários de US$ 37.312, os nativos recebem cerca de US$ 50.421 anuais.

Brazil ‘Making America Great Again’

A nova relação comercial Brasil x EUA foi comprovada também pelo Mapa Bilateral de Investimentos, desenvolvido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). O estudo revela que entre 2008 e 2017, a presença de companhias brasileiras que anunciaram abertura de operações nos EUA, o chamado greenfield investment, atingiu a marca de 138 projetos apresentados por 84 grandes conglomerados. Isso representou 11.340 mil postos de trabalhos gerados.

Esse movimento não foi feito apenas por titãs do mercado. O Itamaraty divulgou que já existem mais de 9 mil brasileiros empreendedores nos EUA, o que fez disparar a emissão de vistos de imigração para cidadãos do Brasil e aumentar a quantidade de processos de vistos para investidores, os chamados EB-5.

Em 2018, foram emitidos 4.300 vistos de imigração para cidadãos do Brasil – um aumento de 74% em relação a 2015, quando houve 2.478 vistos concedidos, segundo o Departamento de Estado americano. Já para os brasileiros que buscaram investir em negócios nos Estados Unidos, os dados do Serviço de Cidadania e Imigração dos EUA mostram que o número de vistos EB-5 emitidos para Brasileiros em 2018 foi de 388, contra 34 registrados em 2015 e apenas 11 contemplados em 2011.

“Esta nova relação comercial entre os países favorece o movimento dos dois lados. Nós também orientamos americanos que querem iniciar operações no Brasil e vemos um aumento de interesse geral por esse intercâmbio econômico”, destaca Barbieri.

*Carlo Barbieri é analista político e economista. Com mais de 30 anos de experiência nos Estados Unidos, é Presidente do Grupo Oxford, a maior empresa de consultoria brasileira nos EUA. Consultor, jornalista, analista político, palestrante e educador. Formado em Economia e Direito com mais de 60 cursos de especialização no Brasil e no exterior.


Shipping and receiving shipments from abroad increases in Brazil and economist warns of fraud

Central Bank data show that this year alone the country has received $ 1.91 billion from US current accounts, for example. In August this year, Brazil recorded the highest percentage of foreign exchange operations since 2010. Economist who has been operating in the US for over 30 years warns that the largest remittance traffic lights alert fraud.

The high volume of remittances that Brazilian citizens issue and receive from abroad creates a scenario of many possibilities for fraud. Economist Carlo Barbieri, president of the largest Brazilian investment advisory firm, the Oxford Group, believes that this increased remittance traffic should also increase fraud and spur demand for specialized and reliable currency services.

The Central Bank (BC) reported that last August there was the largest amount of money remitted from abroad to Brazil since 2010, compared to the same month in previous years. US $ 290 million was sent to green and yellow territory, with about 25% of this amount referring to US dollars, the most participant country in this regard. Throughout the year, the country has received US $ 1.91 billion in personal transfers from abroad.

When it comes to sending money to other countries, the US also leads the choices of Brazilians. In 2019, according to BC statistics, of the $ 1.38 billion issued abroad, $ 301 million went to US accounts, which is almost 22 percent of the total.

“These are big moving values ​​and often those in the US sending to relatives or, in Brazil, receiving do not pay attention to the complexity of such an operation. We have seen police operations on this, so be careful. Relying on expert service and guidance can save you money, ”says Carlo Barbieri, who cites brokers like Fair USA as a safe option.

In August this year, for example, the Federal Police launched Operation Masqué, in which, together with the IRS and the Federal Prosecutor’s Office, investigated fraud in 1,178 irregular foreign exchange contracts. The added value of the loss exceeded $ 100 million. This action was not isolated and served as a follow-up to other similar police operations carried out between 2009 and 2010.

Immigrant Dollar

The number of Brazilian immigrants in the United States has increased. The ‘made in brazil’ community that resides in the US is already more integrated than most other immigrants, is more qualified and often earns better than native Americans themselves. This is what a study by Brazilian researchers revealed in 2017.

“When someone goes the right way to move to another country, with the help of expert consultants, this immigrant’s success in the venture ensures that he is more likely to send money to those who have stayed on his land. The success of Brazilians here in the United States also injects dollars into Brazil, which is very positive, ”explains Carlo.

The data make up the book “Brazilians in the United States: A Half Century Redoing America (1960-2010)” released in 2017 by Álvaro de Castro e Lima and Alanni Barbosa de Castro. In the study, the researchers gathered information from the 2014 American Community Survey, the most current available in the publication, and from Itamaraty. According to the survey, Brazilians in the United States have a higher educational level than the average of all immigrants, with 46% having completed high school and incomplete higher education and 30% graduating from higher education, compared to 35% and 23% of immigrants. too much.

In terms of income, Brazilians also stood out. In regions with the highest birth rates in Brazil, average household income ranges from $ 75,632 in California to $ 42,534 in Massachusetts. New York-New Jersey and Florida have income levels of $ 56,472 and $ 48,707, respectively. While Brazilian workers receive US $ 45,379 annually and immigrant workers from other nationalities have salaries of US $ 37,312, natives receive about US $ 50,421 annually.

Brazil ‘Making America Great Again’

The new Brazil-US trade relationship was also confirmed by the Bilateral Investment Map, developed by the Brazilian Export and Investment Promotion Agency (Apex). The study reveals that between 2008 and 2017, the presence of Brazilian companies that announced the opening of operations in the US, the so-called greenfield investment, reached the mark of 138 projects presented by 84 large conglomerates. This represented 11,340 thousand jobs generated.

This move was not just made by market titans. Itamaraty announced that there are already more than 9,000 Brazilian entrepreneurs in the US, which has triggered the issuance of immigration visas for Brazilian citizens and increased the number of investor visa processes, the so-called EB-5.

In 2018, 4,300 immigration visas were issued to Brazilian citizens – a 74% increase over 2015, when 2,478 visas were issued, according to the US State Department. For Brazilians seeking to invest in business in the United States, data from the US Citizenship and Immigration Service show that the number of EB-5 visas issued to Brazilians in 2018 was 388, compared to 34 registered in 2015 and only 11 contemplated. in 2011.

“This new trade relationship between countries favors movement on both sides. We also advise Americans who want to start operations in Brazil and we see an increase of general interest in this economic exchange, ”says Barbieri.

 

* Carlo Barbieri is a political analyst and economist. With over 30 years of experience in the United States, he is President of the Oxford Group, the largest Brazilian consulting firm in the US. Consultant, journalist, political analyst, speaker and educator. Graduated in Economics and Law with over 60 specialization courses in Brazil and abroad.