Matéria Publicada originalmente no R7 Notícias
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Garantir a entrada do Brasil na OCDE e tentar ampliar comércio com países da União Européia também são considerados pontos chaves no encontro
O presidente Jair Bolsonaro está no Japão para participar de uma reunião de cúpula do G20, entre eles os principais países de primeiro mundo, emergentes e de interesse econômico estratégico como o Brasil, México e Índia.
Segundo analistas de relações internacionais e comércio exterior consultados pelo R7, Bolsonaro tem como principal missão no encontro, vender um Brasil propício para receber novos investimentos e ampliar as possibilidades comerciais com os países do grupo.
“Nessas reuniões, não se negocia nada. É um período tão curto, dois dias apenas, com vários países, vários líderes. O que ele pode trazer é uma melhoria da nossa imagem no exterior. Isso é importante e interessante, visto que somos carentes de investimento”, diz Francisco Américo Cassano, professor de relações internacionais da universidade Mackenzie.
“Ele tem que vender a esperança, que o pais vai ter uma menor presença do estado na economia e a retomada de movimento econômico, pois o Brasil é realmente um pais desejado” afirma Carlo Barbieri, economista e analista político do Oxford Group.
Da agenda de compromissos de Bolsonaro no Japão, vale destacar o encontro com o presidente francês, Emmanuel Macron, e também a tentativa de garantir uma efetivação na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), onde já participa com apoio técnico e financeiro, mas que não faz parte oficialmente.
Sobre o encontro com o presidente norte-americano, Donald Trump, os especialistas não veem nada significativo para ser tratado sobre a relação entre Brasil e Estados Unidos, já que o republicano já teria manifestado apoio para a entrada brasileira na OCDE.
“A grande vantagem [da entrada na OCDE] é a facilidade de fazer investidores virem para o pais, pois com o Brasil entrando, estabelece uma confiança maior do investidor no mercado nacional”, explica Barbieri.
“Já a França tem forte subsídio na agricultura, e o Brasil tem interesse nisso, podendo até ceder algumas coisas para que receba alguns benefícios”, afirma Cassano.
Outros pontos crucial apontados por especialistas são a necessidade de melhorar a imagem do país, que foi desgastada com os recentes escândalos de corrupção, e a chance de Bolsonaro se posicionar e se apresentar aos líderes dos países que participam do encontro.
“Na realidade, o Bolsonaro é um desconhecido e ele vai se apresentar para os principais líderes internacionais. E essas pessoas vão conhecer o Bolsonaro e seus principais objetivos e vão poder avaliar melhor quem é o presidente do país”, conclui Francisco Cassano.
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Bolsonaro’s mission in the G20 is to attract investment, experts say; ensuring Brazil’s entry into the OECD and trying to expand trade with European Union countries are also considered key points in the meeting
President Jair Bolsonaro is in Japan to attend a G20 summit, including key emerging, first-world countries of strategic economic interest, such as Brazil, Mexico and India.
According to analysts of international relations and foreign trade consulted by the R7, Bolsonaro’s main mission in the meeting is to sell a Brazil favorable to receive new investments and expand the commercial possibilities with the countries of the group.
“It’s such a short period, two days only, with several countries, several leaders, what it can bring is an improvement of our image abroad.” This is important and interesting, since we are poor of investments, “says Francisco Américo Cassano, professor of international relations at Mackenzie University.
“He has to sell hope, that the country will have a lower presence of the state in the economy and the resumption of economic movement because Brazil is really a desired country,” says Carlo Barbieri, economist and political analyst at the Oxford Group.
Bolsonaro’s agenda of commitments in Japan highlights the meeting with the French President, Emmanuel Macron, as well as the attempt to secure a take-over in the OECD (Organization for Economic Cooperation and Development), where he already participates with technical and financial support, but which is not officially part of it.
Regarding the meeting with the US president, Donald Trump, the experts see nothing significant to be discussed about the relationship between Brazil and the United States as the Republican had already expressed support for the Brazilian entry into the OECD.
“The great advantage [of entering the OECD] is the ease of making investors come to the country, because with Brazil entering, it establishes greater investor confidence in the domestic market,” Barbieri explains.