Publicado por Amanda Delboni  – 28 de Julho de 2013

 

Essa é uma questão que temos que analisar em várias situações.

Diálogo entre amigos pode, muitas vezes, gerar polêmica ou algum mal estar quando um não concorda efetivamente com o outro, com suas idéias ou sua maneira de viver.

Estávamos justamente conversando sobre isso outro dia com algumas amigas numa reunião.

Comentei que raramente me altero, não gosto de discussão, me faz mal de verdade e sempre acho que não leva a nada.

Me recuso a alimentar polêmica ou idéias contrárias às minhas próprias.

Temos que admitir que todos tem o direito de pensar como quiserem e acho que não temos o direito de passar o tempo tentando convencer o próximo a pensar como nós.  Adoro aprender com o outro e expor minhas idéias de forma agradável.  Mas impor, jamais.

Mesmo que não concordemos, a discussão não leva a nada e só serve para criar um mal estar em quem nos escuta naquele momento.

Dentro desse raciocínio, parto do princípio de que se pensarmos bem, quase nada vale a pena uma irritação, ou uma conversa que só gera briga, seja com quem for e que grau de intimidade se tenha com o nosso interlocutor.

Ao expor essa minha opinião, o grupo concordou e todos passaram a constatar que, na verdade, pouca coisa realmente pode interessar tanto que se tenha que discutir ao ponto de romper uma relação, o que muitas vezes acontece.

Mas ainda um pouco céticos, me perguntaram como eu posso lidar com as discordâncias sem criar uma situação muitas vezes irreversível.

Não sou conformista ou tenho medo de entrar em assuntos polêmicos, mas o faço com isenção de ânimos e simplesmente não dou a importância indevida a situações que não merecem a discussão estéril.

Diante de qualquer impasse, me pergunto: Vale a pena?

Tenho certeza, por experiência própria, que na maioria das vezes, se pararmos para ponderar sobre qualquer assunto, veremos que quase nada vale a pena uma atitude da qual possamos nos arrepender depois.

Devemos, portanto, valorizar o que tem de ser valorizado, sem nos perdermos com o problema de impormos nossas idéias ou nosso ponto de vista.

Isso, normalmente, é vaidade que não leva a nenhum resultado.  Ao contrário, pode nos levar a consequências bem desastrosas, dependendo do momento e de quem nos rodeia.

Uma vez, falando sobre esse meu ponto de vista com uma amiga, ela até se emocionou e disse que se exaltava com facilidade e isso a fazia sofrer.  Admitiu que  realmente muito pouca coisa valeria a pena no sentido de evitar um mal estar a troco de nada ou quase nada.

Se alterar não ajuda na resolução de qualquer que seja o problema a se enfrentar.

De outro lado, se conseguimos manter uma certa frieza no raciocínio, a resolução poderá aparecer de forma mais clara.

A pergunta chave é: Vale a pena?