EBLADSSSTNo fim do ano passado, a maior economia do mundo reduziu o Imposto de Renda (IR) das empresas de 35% para 21%. No Brasil, a alíquota se mantém em 34% – a mais alta entre os países do G-20 e do Brics. A média global é de 22,96%, segundo a consultoria EY. Este ano, os dados revelados pela Organização OCDE que avaliou a economia brasileira, mostram, após uma avaliação criteriosa dos dados, fatores que também podem justificar a maior internacionalização de empresas do Brasil para os EUA.

O tímido crescimento de 1% no ano passado, seu primeiro ano de expansão desde 2014, tem levado empresários a desacreditar no Brasil do ponto de vista econômico. A pesquisa da OCDE revela o quanto os brasileiros pagam mais por bens de consumo e serviços, um fator que aumenta a desigualdade e os custos da economia. Outro ponto que se pode observar ao analisar os dados da pesquisa, incluem os serviços de telefonia móvel, que no Brasil, são quase duas vezes mais caros por minuto do que na Argentina e oito vezes mais caros que nos EUA, por exemplo.

Economista e consultor Carlo Barbieri, Oxford Group USA – Foto: Divulgação

A lista continua. As empresas de manufatura no Brasil gastam uma média de quase 2.000 horas por ano preparando seus impostos em comparação com 800 horas para a Venezuela e menos de 200 horas para os EUA. O Brasil tem as maiores tarifas de importação aplicadas dos países listados no relatório, cerca do dobro do nível da China e quatro vezes o dos EUA. O Brasil não ganhou novos mercados para suas exportações nos últimos anos. Em termos de importações e exportações como porcentagem do produto interno bruto, o Brasil é o país menos aberto na lista da OCDE, menos até do que a Argentina.

“No lado fiscal, o orçamento do Brasil desmotiva empresários. Em 2016, o país gastou 16% de seu orçamento em pagamentos de juros sobre a dívida do governo, que é mantida por investidores, empresários e poupadores da classe média alta. Isso foi mais do que educação (12%) e saúde (12%). De fato, os pagamentos de juros foram o segundo maior desembolso no orçamento, vencidos apenas pelos benefícios sociais (35%), que eram em sua maioria pensões”, explica o economista brasileiro que dirige, há quase 30 anos, a consultoria de internacionalização de empresas brasileiras para os EUA Oxford Group, sediada na Flórida.

MAIS NEGÓCIOS DO BRASIL NOS EUA

Barbieri afirma que sua consultoria detectou um aumento de 40% na procura de empresários brasileiros com real interesse em internacionalizar suas empresas e proteger seus investimentos nos Estados Unidos. Segundo o economista, os empresários que pretendem internacionalizar seus investimentos encontram na desburocratização americana um importante fator na hora de internacionalizar o negócio para o país.

“Um empresário pode abrir uma empresa nos EUA, sem precisar ser residente. A forma de abertura é muito rápida e pode ser feita, inclusive por internet. O atual governo, do ponto de vista econômico, tem implementado uma profunda desregulamentação para agilizar a economia e tirar custos desnecessários e retardadores do progresso. Com a confiança do mercado, valorizou a poupança do americano e nos que investem nos EUA. Mais de $7 trilhões foram acrescidos ao valor das inversões nas bolsas de valores. A taxa de crescimento tem sido o dobro da obtida, em média, nos últimos 8 anos”, explica o consultor e economista.

Segundo Carlo Barbieri, uma mudança de conceito promovida nos Estados Unidos faz com que a taxação americana seja territorial e não mundial para empresas que operam em outros países. “Isso faz com que, na prática, em especial nos países com tratados tributários, os lucros obtidos em outros países não são taxados ao serem trazidos para os EUA. A transferência das sedes de empresas está sendo galopante”, afirma.

Os investimentos realizados por brasileiros nos Estados Unidos estão cada vez mais diversificados, segundo o economista e consultor. “Restaurantes, construção, alimentos, serviços em geral, medicina, finanças, etc. Dependendo o tipo de negócio e por uma questão de logística existem muitas empresas de brasileiros se estabelecendo em outros estados americanos, mas não menos do que 8% se estabelecem na Florida”, conta.

FLÓRIDA DO BRASIL

Somente no Estado americano da Flórida dados divulgados pela Câmara de Comércio do estado no mês passado, registraram o expressivo crescimento da economia superando U$ 1 trilhão de dólares e a elevação do PIB foi estimada em US$ 2,74 bilhões por dia. Dados da organização Brazil-Florida Concil mostram que a relação comercial entre os mercados do Brasil e da Flórida também cresceu. Em 2016, o total de importações e exportações entre os mercados foi de pouco mais de 18 milhões. Em 2017 a relação comercial bilateral alcançou 19 milhões. O consultado brasileiro em Miami estima a comunidade brasileira residente no estado em mais de 400 mil pessoas.

“Passamos por uma grande onda de investidores brasileiros que acreditam na força da moeda e estabilidade americana para investir aqui nos Estados Unidos e sobretudo aqui na Flórida. O cenário é ideal e nós temos sido cada vez mais procurados por investidores que cogitam trazer seus projetos financeiros para cá”, pondera Barbieri.

Para os investidores, vale saber que até 2030 a Florida estará agregando mais 6 milhões de pessoas em sua população atual registrada em 20 milhões, o que deve ter como consequência, a criação de oportunidades de negócio. Últimos dados divulgados pelo Governo além da população local, a Flórida recebe 116.5 milhões de turistas todo ano. “A renda per capta segue crescendo sendo atualmente de $46,858.

*Com quase 30 anos de experiência nos Estados Unidos, Carlo Barbieri é Presidente do Grupo Oxford USA. Consultor, jornalista, analista político, palestrante e educador. Membro fundador e primeiro presidente do Brazilian Business Group, membro fundador e presidente do Brazil Club e membro do conselho da Deerfield Chamber of Commerce. Formado em Economia e Direito com mais de 60 cursos de especialização no Brasil e no exterior. Cursos estes realizados em diversas Instituições, como: Fundação Getúlio Vargas, Universidade Federal de Brasília, Universidade Mackenzie, Sorbonne, University of Chicago Harvard e Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Carlo Barbieri

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At the end of last year, the world’s largest economy reduced corporate income tax (IR) from 35% to 21%. In Brazil, the rate remains at 34% – the highest among the G-20 and BRIC countries. The global average is 22.96%, according to consultancy EY. This year, data revealed by the OECD Organization that evaluated the Brazilian economy show, after a careful evaluation of the data, factors that may also justify the greater internationalization of companies from Brazil to the US.

The timid growth of 1% last year, its first year of expansion since 2014, has led entrepreneurs to discredit Brazil from an economic point of view. The OECD survey reveals how much Brazilians pay more for consumer goods and services, a factor that increases inequality and costs for the economy. Another point that can be observed when analyzing survey data is mobile telephony services, which in Brazil are almost twice as expensive per minute as in Argentina and eight times more expensive than in the US, for example.

The list goes on. Manufacturing companies in Brazil spend an average of nearly 2,000 hours a year preparing their taxes compared to 800 hours for Venezuela and less than 200 hours for the US. Brazil has the highest import tariffs applied from the countries listed in the report, about twice the level of China and four times that of the US. Brazil has not gained new markets for its exports in recent years. In terms of imports and exports as a percentage of gross domestic product, Brazil is the least open country on the OECD list, even less than Argentina.

“On the fiscal side, Brazil’s budget dismantles entrepreneurs. In 2016, the country spent 16% of its budget on interest payments on government debt, which is held by investors, business owners and savers of the upper middle class. This was more than education (12%) and health (12%). In fact, interest payments were the second largest disbursement in the budget, due only to the social benefits (35%), which were mostly pensions, “explains the Brazilian economist who has directed the internationalization consultancy for almost 30 years. Brazilian companies to the US Oxford Group, headquartered in Florida.

MORE US BUSINESS IN BRAZIL

Barbieri says that his consultancy has detected a 40% increase in demand for Brazilian entrepreneurs with a real interest in internationalizing their companies and protecting their investments in the United States. According to the economist, entrepreneurs who intend to internationalize their investments find in American debureaucratization an important factor in the internationalization of the business for the country.

“A businessman can open a company in the US, without having to be a resident. The opening form is very fast and can be done, even by internet. The current government, from the economic point of view, has implemented a profound deregulation to streamline the economy and take unnecessary and retarding costs of progress. With the confidence of the market, he valued the savings of the American and those who invest in the USA. More than $ 7 trillion was added to the value of stock market investments. The growth rate has been twice that obtained on average over the past 8 years, “explains the consultant and economist.

According to Carlo Barbieri, a change of concept promoted in the United States makes the taxation American is territorial and not global for companies that operate in other countries. “This means that in practice, especially in countries with tax treaties, profits made in other countries are not taxed when they are brought to the United States. The transfer of corporate headquarters is being rampant, “he says.

The investments made by Brazilians in the United States are increasingly diversified, according to the economist and consultant. “Restaurants, construction, food, services in general, medicine, finance, etc. Depending on the type of business and for the sake of logistics there are many companies of Brazilians settling in other American states, but not less than 8% settle in Florida, “he says.

FLORIDA OF BRAZIL

Only in the US state of Florida data released by the state’s Chamber of Commerce last month registered a significant economic growth of more than U $ 1 trillion, and GDP growth was estimated at US $ 2.74 billion per day. Data from the Brazil-Florida Concil organization show that the commercial relationship between the Brazilian and Florida markets has also grown. In 2016, total imports and exports between the markets was just over 18 million. In 2017, bilateral trade reached 19 million. The Brazilian consulate in Miami estimates the Brazilian community residing in the state in more than 400,000 people.

“We went through a great wave of Brazilian investors who believe in the strength of American currency and stability to invest here in the United States and especially here in Florida. The scenario is ideal and we have been increasingly sought by investors who are considering bringing their financial projects here, “says Barbieri.

For investors, it is worth knowing that by 2030 Florida will be adding another 6 million people to its current 20 million population, which should have as a consequence, the creation of business opportunities. Latest data released by the Government in addition to the local population, Florida receives 116.5 million tourists each year. “Per capita income continues to grow, currently being $ 46,858.

* With almost 30 years of experience in the United States, Carlo Barbieri is President of the Oxford USA Group. Consultant, journalist, political analyst, lecturer and educator. Founding member and first president of the Brazilian Business Group, founding member and president of Brazil Club and board member of the Deerfield Chamber of Commerce. Graduated in Economics and Law with more than 60 specialization courses in Brazil and abroad. These courses were carried out in several institutions, such as the Getúlio Vargas Foundation, the Federal University of Brasília, the Mackenzie University, the Sorbonne, the University of Chicago Harvard and the Massachusetts Institute of Technology (MIT).

Carlo Barbieri