Matéria originalmente publicada no Jornal Comex Do Brasil.
Brasília – A relação entre Estados Unidos e Brasil está a poucos dias de ganhar novos capítulos. O encontro entre Jair Bolsonaro e Donald Trump está previsto para acontecer no próximo dia 19, em solo norte-americano. A expectativa é que a inter-relação receba medidas concretas de aproximação entre os países e reflita principalmente a área econômica e comercial.
A ida aos EUA será a primeira visita bilateral do presidente brasileiro. Conforme confirmado pelo Ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, o compromisso faz parte da agenda internacional de março, que conta com visitas do presidente também ao Chile e a Israel. “Escolher os Estados Unidos como primeiro destino pode ser considerado um passo emblemático e que merece atenção. Reforça o interesse de o governo brasileiro estreitar as relações com o país”, pontua o economista e analista político Carlo Barbieri, que atua nos EUA e tem 30 anos de experiência no mercado americano.
Para o economista, o sucesso da política econômica adotada por Donald Trump deve ser apresentado ao Presidente brasileiro e sua equipe. Os EUA são o segundo maior mercado exportador do Brasil, perdendo somente para a China. No ano passado, a economia norte-americana recebeu 12,3% do total exportado pelo Brasil. No caso da China, o percentual foi de 21,8%.
Os principais itens exportados para os Estados Unidos são óleo bruto de petróleo, aviões e produtos manufaturados de ferro e de aço. De acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, no ano passado, o superávit do Brasil para com os Estados Unidos foi de US$ 2,06 bilhões. O país exportou para os Estados Unidos US$ 26,872 bilhões e importou de lá um total de US$ 24,846 bilhões.
“O modelo econômico adotado pelo Presidente Donald Trump diminuiu a taxação empresarial e trouxe de volta inúmeras empresas aos Estados Unidos, aumentando a geração de empregos e aquecendo a economia do país. A redução do imposto de renda para empresas nos EUA de 35% para 21%, somado ao cenário de investimento seguro e com o menor percentual de risco, gera, inclusive, uma onda de empresas brasileiras que estão se internacionalizando para os Estados Unidos”, afirma Barbieri.
No ano passado, após parabenizar o Bolsonaro pela vitória nas urnas, o presidente norte-americano anunciou que os EUA pretendem avanças nas relações comerciais com o Brasil. “Pela primeira vez, em décadas, temos duas gestões presidenciais com discernimento sobre o potencial do livre comércio entre os países. A proximidade ideológica e política entre os dois líderes pode ser considerada também uma alavanca para as medidas que virão. Com esta visita, a intenção da equipe de Bolsonaro é buscar a abertura comercial visando a relação econômica a longo prazo com os Estados Unidos”, afirma Barbieri.
Internacionalização
O economista Carlo Barbieri, que dirige a Consultoria Oxford Group e auxilia empresários brasileiros a internacionalizar seus negócios aos Estados Unidos, acredita que encontro entre os dois presidentes deve ser pautado por um debate econômico que auxilie o Brasil a promover significativas mudanças econômicas. Um dos pontos, segundo ele, é a tarifação do IR para empresas, que no Brasil se mantém em 34% – a mais alta entre os países do G-20 e do Brics. A média global é de 22,96%, segundo a consultoria EY.
“Com uma política econômica mais favorável aos empresários e à indústria, muitas empresas americanas poderão começar a enxergar o Brasil também como um país possível para internacionalizarem seus negócios. É uma matemática exata, mais vantagens maior potencial competitivo e melhores chances do Brasil atrair negócios e gerar empregos”, avalia Barbieri.
Segundo o especialista, sua consultoria Oxford tem sido procurada, após a eleição do Presidente Jair Bolsonaro, para consulta sobre o atual cenário econômico brasileiro. Antes de assumir o posto de presidente, Bolsonaro comemorou nas redes sociais que grandes empresas já anunciaram a intenção de investir no país. “Após as eleições, grandes empresas já anunciaram milhões em investimentos no Brasil nos próximos anos. É só o começo! Comércio com o mundo todo sem viés ideológico + Redução de impostos + Desburocratização = Mais confiança, mais investimentos e mais empregos”, escreveu o presidente eleito.
US economic policy should mark Trump and Bolsonaro meeting in the US
Brasília – The relationship between the United States and Brazil is only a few days away from winning new chapters. The meeting between Jair Bolsonaro and Donald Trump is scheduled to take place on the 19th, on North American soil. The expectation is that the interrelation will receive concrete measures of approximation between the countries and mainly reflects the economic and commercial area.
The trip to the United States will be the first bilateral visit of the Brazilian president. As confirmed by the Foreign Minister, Ernesto Araújo, the commitment is part of the international agenda of March, which counts on visits of the president also to Chile and Israel. “Choosing the United States as the first destination can be considered an emblematic step and deserves attention. It reinforces the interest of the Brazilian government to strengthen relations with the country, “says economist and political analyst Carlo Barbieri, who works in the US and has 30 years of experience in the US market.
For the economist, the success of the economic policy adopted by Donald Trump should be presented to the Brazilian President and his team. The US is Brazil’s second largest export market, second only to China. Last year, the US economy received 12.3% of the total exported by Brazil. In the case of China, the percentage was 21.8%.
The main items exported to the United States are crude oil, aircraft and manufactured products of iron and steel. According to the Ministry of Industry, Foreign Trade and Services, last year Brazil’s surplus to the United States was US $ 2.06 billion. The country exported US $ 26.872 billion to the United States and imported a total of US $ 24.846 billion.
“The economic model adopted by President Donald Trump has reduced business taxation and brought countless companies back to the United States, increasing job creation and warming the country’s economy. The reduction of corporate income tax in the US from 35% to 21%, in addition to the scenario of safe investment and with the lowest percentage of risk, also generates a wave of Brazilian companies that are internationalizing to the United States, says Barbieri.
Last year, after congratulating Bolsonaro for the victory at the polls, the president announced that the US intends to advance in trade relations with Brazil. “For the first time in decades, we have had two presidential administrations discerning the potential of free trade between countries. The ideological and political proximity between the two leaders can also be seen as a lever for the measures to come. With this visit, the intention of the team of Bolsonaro is to seek the commercial opening aiming at the long-term economic relationship with the United States, “says Barbieri.
Internationalization
Economist Carlo Barbieri, who runs the Consultoria Oxford Group and helps Brazilian businessmen to internationalize their business in the United States, believes that a meeting between the two presidents should be based on an economic debate that will help Brazil promote significant economic changes. One of the points, according to him, is the IR charging for companies, which in Brazil remains at 34% – the highest among the G-20 and BRIC countries. The overall average is 22.96%, according to consultancy EY.
“With an economic policy that is more conducive to entrepreneurs and industry, many US companies may begin to see Brazil as a possible country to internationalize their business. It is an exact mathematics, more advantages greater competitive potential and better chances of Brazil to attract business and generate jobs, “says Barbieri.
According to the expert, his consulting Oxford has been sought, after the election of President Jair Bolsonaro, for consultation on the current Brazilian economic scenario. Before assuming the position of president, Bolsonaro celebrated in the social networks that great companies already announced the intention to invest in the country. “After the elections, big companies have announced millions of dollars in investments in Brazil in the coming years. It’s just the beginning! Trade with the whole world without ideological bias + Reduction of taxes + Desburocratização = More confidence, more investments and more jobs, “wrote the president-elect.