por Andre Castro | jan 2, 2019 | Economia em Geral Recente pesquisa do Datafolha mostra que mais de 65% dos brasileiros acreditam que o cenário econômico do país irá melhorar com o governo de Jair Bolsonaro. Este é o melhor índice apurado desde 1997. No levantamento anterior realizado pelo mesmo instituto, o número de confiantes em uma retomada econômica era bem menos expressivo, 23%. O economista e analista político Carlo Barbieri, projeta que o novo ano será de novos ares e oportunidades para o Brasil, principalmente no mercado externo. “Estamos vivendo um dos momentos mais auspiciosos para a relação entre Brasil e EUA, em especial na área da economia. Pela primeira vez em décadas devemos ter duas gestões presidenciais com discernimento sobre o potencial do livre comércio entre os países. É uma chance única do Brasil empreender mudanças e tirar proveito dessa relação”, afirma Barbieri, que acrescenta: “Detectamos em nosso escritório em 2018 um percentual de mais de 60% no número de pedidos de internacionalização de empresas para os EUA. A briga comercial de Trump com a China já favorece o Brasil. Espera-se que o novo governo brasileiro siga uma tendência mais aberta ao comércio”. Para o economista, uma nova lógica deve pautar a economia brasileira para alcançar números melhores que os atuais. “Esperamos que o novo governo priorize as relações comerciais, tirando do primeiro plano as relações ideológicas hipervalorizadas no governo anterior. E, com esta visão macroeconômica e política, seguramente vamos ter assim um novo fluxo não apenas de abertura comercial, mas principalmente de investimentos”. Com esta nova relação comercial, e após a aplicação de um projeto econômico mais abrangente e facilitador, Carlo Barbieri acredita que o Brasil também passará a ser mais atrativo para investimentos de empresas americanas, inclusive. Em novembro, antes de assumir o posto de presidente, Bolsonaro comemorou nas redes sociais que grandes empresas já anunciaram a intenção de investir no país após a posse. “Nos EUA, por exemplo, a política tributária do presidente americano Donald Trump reduziu o Imposto de Renda das empresas de 35% para 21%. No Brasil, a alíquota se mantém em 34% – a mais alta entre os países do G-20 e do Brics. Se a equipe econômica de Bolsonaro conseguir realizar uma reforma tributária e aplicar medidas mais favoráveis ao comércio certamente teremos um mercado mais atrativo no Brasil”, pondera Barbieri. Pompeo diz que EUA e Brasil querem retomada da democracia na Venezuela Nesta quarta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse que o governo do presidente Donald Trump quer aprofundar a cooperação com o Brasil na área de segurança e que os dois países terão a oportunidade de trabalhar juntos contra regimes autoritários. Ele se reuniu nesta manhã com o ministro de Relações Exteriores (MRE), Ernesto Araújo, no Palácio Itamaraty. “Falamos do nosso profundo desejo da retomada da democracia para o povo venezuelano”, disse Pompeo, que participou ontem da posse de Bolsonaro. “Eu vi a transmissão pacífica de poder ocorrer ontem. Isso não acontece em muitos países. Conversamos sobre Cuba, Venezuela e Nicarágua. Esses são lugares em que as pessoas não têm a oportunidade de expressar suas visões. Esse é o tipo de coisa em que pretendemos trabalhar juntos”. Perguntado por uma jornalista estrangeira sobre a questão dos direitos humanos no Brasil, Araújo disse não haver nenhuma razão para se ter “receio de qualquer diminuição na proteção de direitos humanos” no país. “Isso é um resquício da campanha eleitoral que sobrevive por alguma razão. O compromisso do novo governo com a defesa dos direitos humanos é absoluto”, disse o chanceler. Para Mike Pompeo, “a administração do governo Bolsonaro está comprometida com a defesa dos direitos humanos”.