Matéria originalmente publicada pelo jornal Valor Econômico
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O presidente do Grupo Oxford, Carlo Barbieri, acredita que o Brasil pode aproveitar o período de retomada das negociações entre o governo de Donald Trump e a China para ampliar o comércio com essas duas nações. “Nós temos visto uma grande oportunidade comercial pare que o Brasil se afirme nesses mercados, principalmente aqui nos Estados Unidos”, disse ao Valor. O Oxford é uma consultoria brasileira que atua nos Estados Unidos.
“É possível que neste momento o país ganhe competitividade para os seus produtos e reafirme sua robustez comercial nos EUA. Nós temos as condições ideais para ocupar o centro dessa disputa e ganhar com ela.”
Na visão de Barbieri, as pressões de Washington sobre a China poderá levar a negociações para a abertura de comércio com outros países, como o Brasil, que conta com a aproximação do governo Jair Bolsonaro, que também é de um partido de direita e expressa enorme simpatia por Trump.
“Os Estados Unidos estão fortalecendo seus laços comerciais neste momento, e a questão política ideológica atual também está sendo favorável. O Brasil pode e deve aproveitar essa chance para consolidar mais a relação com os EUA.”
Atualmente, o governo dos EUA está discutindo a possibilidade de ampliar os impostos sobre as importações chinesas – que podem subir de 10% para 25%- o que levaria a um aumento das receitas em US$ 200 bilhões para aquele país sob o governo de Trump. As negociações estão sendo realizadas por um grupo de líderes, com a participação de Steven Mnuchin, o secretário do Tesouro americano, que tem uma boa expectativa em relação às medidas a serem tomada pelo governo Bolsonaro.
Ao mesmo tempo, o consultor destacou que governo brasileiro pode ampliar negociações com a China. “Estrategicamente interessa para a China seguir sendo maior parceiro para o Brasil em matérias-primas e pode haver muito mais produtos”, indicou ele, lembrando, porém, que há restrições no meio do caminho. “O limite está nas aquisições de propriedades rurais e de indústrias estratégias que incluam tecnologia de ponta” observou.
ENGLISH VERSION
Oxford Group President Carlo Barbieri believes Brazil can seize the period of resumption of negotiations between the Donald Trump government and China to expand trade with these two nations. “We have seen a great commercial opportunity so that Brazil affirms itself in these markets, especially here in the United States,” he told Valor. Oxford is a Brazilian consultancy that operates in the United States.
“It is possible that at this time the country will gain competitiveness for its products and reaffirm its commercial robustness in the US We have the ideal conditions to take center stage in this dispute and win with it.”
In Barbieri’s view, Washington’s pressure on China could lead to negotiations to open trade with other countries, such as Brazil, which has the approach of the Jair Bolsonaro government, which is also a right-wing and expressed huge party sympathy for Trump.
“The United States is strengthening its trade ties at this time, and the current ideological political issue is also favorable. Brazil can and should take this opportunity to further consolidate relations with the United States.”
The US government is currently discussing the possibility of raising Chinese import taxes – which could rise from 10 percent to 25 percent – which would lead to a $ 200 billion increase in revenue for that country under Trump . The negotiations are being conducted by a group of leaders, with the participation of Steven Mnuchin, the secretary of the Treasury, who has a good expectation regarding the measures to be taken by the Bolsonaro government.
At the same time, the consultant stressed that the Brazilian government can expand negotiations with China. “Strategically, it is in China’s interest to remain Brazil’s largest partner in raw materials and there may be many more products,” he said, noting that there are restrictions in the way. “The limit is on acquisitions of rural properties and strategic industries that include state-of-the-art technology,” he noted.