Gigantismo do Estado – Corrupto.
Este é um dos temas que, juntamente com ética, deveriam centrar as discussões dos candidatos a presidente, pelo menos na visão de uma classe média consciente.
Infelizmente, este tema, que deveria marcar a diferença entre os três primeiros postulantes ao cargo máximo deste país, não tem merecido a atenção deles e não tem sido posta em ênfase pela mídia.
A única voz, meio apagada, que tem tangenciado estes temas é a Marina Silva.
Os brasileiros trabalharam quase meio ano para pagar suas contribuições a um Estado, gordo, ineficiente, asqueroso, que gasta mal e que a corrupção tomou conta da sua administração, grassando livremente para apaziguar as “necessidades”de manter uma base no Congresso e emudecer os idealistas (se é que ainda existem) da ex-oposição “salvadora”.
O “filho do Brasil” e a “mãe dos pobres” não se importam, ou fingem não ver, de que para os que ganham até 2 salários mínimos, 48,89% de sua renda se destina a pagar os impostos e tributos nas três esferas de poder.
Ou seja, nosso trabalhador mais humilde dedica quase metade de seu labor para manter os balofos que dominam a gestão pública que lhes rouba o pão que deveriam ter para alimentar sua família.
O impressionante está no fato de que, para aqueles que ganham mais de 30 salários mínimos, esta “contribuição”, em média não passa de 26.3%.
Diz o inimputável, que o Estado tem que ser forte, para poder cumprir sua função social e precisa arrecadar muito para isso.
Mas, porque países em desenvolvimento, como o Chile, com quase metade da imposição fiscal dão muito mais aos seus cidadãos?
A resposta é uma só: arrecadam menos, mas, gastam menos e gastam melhor e a corrupção, mesmo que exista, é combatida pelas autoridades, pois dela, em principio dela não de locupletam.
O candidato, mesmo que mais sério e competente, não quer entrar no tema, provavelmente, para evitar que a máquina da Policia Política, comece a levantar casos reais ou fictícios contra seus correligionários. Já se viu que a velocidade que ela tem para atuar contra os desafetos do poder, não se manifesta para descobrir de onde veio o dinheiro para os “dossiês” da última eleição, ou mesmo da cueca, que até o momento permanecem na área de crimes insolúveis
Mas, quando o “empresário brasileiro mais rico” deixou de prestar conta de seus ganhos não explicados e “pingar”a parte devida ao Partido, teve sua residência invadida, escritórios devassados mas, logo após um “re-acerto” financeiro com o partido da estrela, voltou aos favores públicos e ganhou de “bônus” a exclusividade na exploração de várias plataformas de petróleo.
Logicamente, não será a candidata “rainha da farsa e da mentira” que vai trazer o tema a baila, pois sempre foi beneficiária deste tipo de procedimento. Se na época dura, deu sumiço em U$2,5 milhões furtados de uma residência, que deveriam ir para a luta armada, não será agora que “achou” dinheiro público até para fazer uma recauchutagem em seu visual e, participando da divisão regular do butim, é que vai levantar esta polêmica.
A questão é que não há sorte que sempre dure, nem o dinheiro internacional é inesgotável. A Grécia que o diga!!!
Deixar de aproveitar os 85% de popularidade, comprada a preço de ouro, para fazer as reformas políticas e tributárias necessárias, é tão lesivo aos interesses da Pátria como está sendo a implementação desta política de corrupção oficial.
O rei dos corruptos e o grande protetor de seus pares colocou a sociedade brasileira em decomposição moral e o governo em estado de putrefação irreversível.
A devassidão que foi implantada na área pública, a depravação instituída a partir do palácio presidencial, a perversão com que fez a Polícia Política agir, amiudaram não apenas o poder, mais o país e sua população.
A instituição do suborno, da peita como forma preferencial da conquista dos meios de comunicação e de “aliados”, esgarçou os tecidos da sociedade tornando-a perfurada em seus valores morais, base e alicerce de qualquer povo civilizado.
A mentira, o engano a fraude, tornaram-se política de governo, a impostura a dissimulação, formas “naturais”de governar.
A população foi induzida a erro, está sendo iludida. Ser bom, ser legítimo, verdadeiro, passou a ser símbolo de pessoa não confiável para os que dirigem nosso destino.
Temos um governo de petalhada, de mentirada, criamos a mentirania nacional, não em forma de ministério mas domina a todos eles.
Sem um ataque firme à corrupção, não será possível diminuir o tamanho do Estado que está comendo até as entranhas da nossa população e o sistema produtivo. Tomara que pelo menos o tema seja levantado na campanha eleitoral.
Carlo Barbieri é gestor do São Paulo Business Center, presidente do Brazilien Business Bureau e presidente da Oxford Group.
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