Estamos vivendo a perspectiva de um quarto Reich, não para a Alemanha apenas, mas para a Europa.
As motivações são as mesmas do terceiro: desemprego em massa, humilhação coletiva, incapacidade dos governos democráticos de resolverem os graves problemas econômicos, grave descontentamento social, ética colocada em baixo do divã.
O que se tornou a Alemanha após o tratado de Versalhes, hoje atinge a Europa com gravames em certos países como Grécia, Espanha, Portugal e Itália.
Os políticos querem o “dinheiro salvador” da Alemanha, não para corrigir os erros passados e presentes, mas para a preservação dos mesmo com os mesmos.
Será que precisamos esperar que uma reencarnação do neozelandês Marinus van der Lubbe incendeie o parlamento Europeu e leve a Europa a para uma nova catástrofe, para vermos que o grave problema do velho continente esta’ na perca de seus fundamentos e valores?
A Europa parece estar sendo conduzida por Hades, deus grego, senhor do inferno, do mortos e do subterrâneo.
Por isso sugiro que os lideres da Europa, sejam levados a colina de Ares e convoquem a presença espiritual de Paulo e Aristóteles para que os inspirarem e fazerem um retiro no Areópago, sobre as bases da cultura Européia.
Porque faríamos esta reunião nos solos de Ática? Porque esta pequena nação nos deu grandes filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, e os geniais legisladores Plutarco e Péricles, que poderiam inspirar os atuais governantes.
Se nesta reunião dermos a chanceler alemã, Angela Merkel, não a genialidade matemática de Pitágoras, e Arquimedes, mas o senso de justiça que Platão colou na “ A Republica”, em particular na parte do governo dos filósofos, seguramente ela poderia dar ao seus pares um bom embasamento para que a recriação dos governos como o escopo de servir a população de forma justa e ética;
Se dermos ao primeiro-ministro da França, François Fillon, a inspiração de Deméter, deusa da agricultura e da colheita, fazendo entender que a solução esta’ na produção e trabalho e não em benesses populistas que ceifaram a produção e produtividade dos franceses em particular e da Europa em geral;
Ainda em termos de França, se déssemos a Dominique Strauss-Kahn e Georges Tron a possibilidade de adotarem a orientação de Hera a divindade do casamento, protetora das mulheres e dos nascimentos, que com seu ciúmes afastou ate as amantes de seu irmão Zeus, teríamos bons conselhos para que os governantes se dedicassem mais a causa publica do que a libertinagens pessoais e também protegessem mais os casamentos e os nascimentos, evitando o decréscimo da população local e o conseqüente racismo para com os imigrantes que suprem este vazio.
Se Hermes, como mensageiro dos deuses e protetor dos comerciantes e diplomatas, protegesse os legítimos comerciantes e empresários, da sanha do sistema financeiro selvagem e canibal e desse competência aos diplomatas para que as palavras de Sarkozy de que seu país superará a crise com “vontade coletiva e coragem para reformas” sejam transmitidas e sirvam de guia para toda a Europa.
E, para sumarizar, se estes governantes em Areópago, ouvissem as palavras do apostolo Paulo, em sua carta aos filipenses: “Meus irmãos aspirai a tudo que é verdadeiro, digno, justo, santo, amável, atraente, virtuoso e digno de louvor”.
Seguramente, poderíamos ter esperança de que esta Europa de hoje, que parece estar na beira de um novo dilúvio aniquilador como o mandado por Zeus para aniquilar o mundo pervertido, não tenha apenas como sobreviventes a Deucalião e Pirra, mas todo o continente e que este voltasse a ser a luz que ilumina o mundo civilizado.
Por: Carlo Barbieri
Fonte: Banco Hoje