Descontentamento com a reforma da previdência, insegurança com reforma tributária, em tramitação, e inflação em alta no Brasil são motivos apontados por brasileiros que buscam soluções para poupar e ter uma renda em dólar no futuro. As informações são do Oxford Group, a maior consultoria de investimentos nos EUA para brasileiros.
As incertezas causadas pela pandemia, a reforma da previdência, aprovada no fim do ano passado, a reforma tributária em tramitação no Congresso e o risco de inflação no Brasil parecem ser o cenário que está estimulando muitos brasileiros a buscar segurança de futuro no exterior. Aumentou, segundo a consultoria de investimentos Oxford Group, a procura de brasileiros por suporte na dolarização de patrimônio e por informações sobre aposentadoria em dólar nos EUA.
Enquanto isso, o primeiro trimestre do ano no Brasil, foi marcado por uma pesquisa de Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI), divulgada em abril deste ano apontou que o índice de satisfação financeira dos empresários brasileiros teve um recuo de 8,6 pontos em relação ao quarto trimestre de 2019, ficando em 41,4 pontos.
Retiradas de quase US$ 60 bilhões
Em 12 meses até maio, investidores retiram US$ 50,9 bi do Brasil em aplicações financeiras, segundo o Banco Central (BC). A retirada em 12 meses é a maior da série histórica, iniciada em 1995. O Banco Central explicou que valores englobam aplicações em ações, fundos de investimento e títulos de renda fixa. Para Carlo Barbieri, economista brasileiro e presidente do Oxford Group, esse movimento de insegurança no mercado está estimulando brasileiros a procurar um futuro mais seguro em uma moeda forte como o dólar.
“De janeiro até agora detectamos um aumento de mais de 60% na procura por brasileiros interessados em investir nos EUA, dolarizar seus patrimônios em busca de protege-los, e, até mesmo, de garantir aposentadoria em dólar. A principal razão é a insegurança com os rumos da economia brasileira. A pandemia também acelerou a motivação de quem já pensava em investir fora do país para proteger suas rendas e patrimônios”, explica Carlo Barbieri, que atua nos EUA há mais de 30 anos.
A previsão do economista parece fazer sentido. O mercado financeiro brasileiro passou a prever um tombo maior do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020. Com isso, a projeção de queda da atividade neste ano passou de 5,28% para 5,31%. A expectativa faz parte do boletim de mercado, conhecido como relatório “Focus”, divulgado na última terça-feira (8) pelo Banco Central (BC). O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.
Para o economista Carlo Barbieri (foto), o mundo pós-pandemia mostrará que as grandes economias como a americana, por exemplo, se recuperarão mais rápido. “Nesse sentido, apostar no dólar como uma moeda internacional estável é uma saída considerável. A força relativa da economia dos EUA suporta o valor do Dólar e tem registrado inflação relativamente baixa ao longo do tempo. É a razão pela qual o Dólar é a moeda mais poderosa e mais segura neste momento”, explica Carlo Barbieri.
Patrimônio em dólar
Para acomodar o aumento da demanda, o economista criou um sistema de aposentadoria em dólar. “No sistema que chamamos de “aposente-se em dólar”, o usuário conta com aplicações que oferecem condições para que uma pessoa ou família tenha um valor mensal ou anual disponível, em dólar, no prazo desejado. O programa tem opções de investimentos em ativos financeiros, no setor imobiliário e em negócios”, esclarece Barbieri.
“Dentro do programa ‘Aposente-se em Dolar’, há uma oferta capilarizada de investimentos. É possível, por exemplo, adquirir imóveis nos EUA, que darão uma receita média em torno de 6% a 8% ao ano, fora a esperada valorização do mesmo ao longo do tempo. A oportunidade de investimento na área imobiliária, nos EUA é, nos dias de hoje, a melhor alternativa. Ela combina três importantes fatores: rentabilidade, segurança e perspectiva de valorização”, pondera o economista. Barbieri ainda lembra que é possível conseguir um Certificado de Depósito de um banco de primeira linha com um juro anual de 7%, nos EUA, o que muito superior ao CDs em real, no Brasil.
Imóvel ‘made in América’
Para Barbieri, o momento é de oportunidade para se investir em imóveis sobretudo no estado americano da Flórida. “É um dos estados americanos mais atraentes a turistas. A retomada da atividade econômica no estado com a reabertura dos parques da Disney e Universal Studios está em franco movimento ascendente. É a hora perfeita para quem deseja comprar imóveis e garantir renda em dólar”.
Antes da pandemia do novo coronavírus o famoso e gigantesco mercado imobiliário na Flórida estava em fase positiva de transformação. Levantando da National Association of Realtors mostrou que antes da pandemia houve um aumento da compra de casas no estado da Flórida. Segundo levantamento da organização, em 2019, o mercado imobiliário registrou um acréscimo de 24% de novos compradores.