O presidente dos EUA, Donald Trump tem reafirmado seu discurso nacionalista de campanha pautado no jargão ‘América primeiro’. Nos EUA, diversas ações do Presidente americano estão confirmando o tom nacionalista que Trump adotou em suas políticas públicas durante todo seu mandato. Mais americanos devem aderir à ideia de proteção de empregos, uma prioridade defendida por Trump, o que deve influenciar o voto dos eleitores.
Examinando os resultados econômicos alcançados pelo presidente americano, avalio que a recuperação econômica célere dos EUA pós-pandemia deve servir como mola motriz de sua campanha à reeleição. De modo geral, acredito que o sentimento positivo dos investidores impulsionado pelo aumento recorde na geração líquida de postos de trabalho nos EUA em junho, é um forte sinal de que a recuperação econômica no país está em pleno curso.
A economia norte-americana criou, em termos líquidos, 4,8 milhões de empregos em junho deste ano, de acordo com o Departamento do Trabalho, 1,8 milhão a mais do que o esperado por analistas, e um segundo recorde consecutivo na geração de vagas. Observei que a taxa de desemprego nos Estados Unidos surpreendeu no mês passado, e recuou para 11,1%, segundo dados do Departamento do Trabalho.
Em maio, a taxa de desemprego já havia caído a 13,3%, após atingir em abril o maior patamar pós-Segunda Guerra Mundial (14,7%). Penso que um número cada vez maior de americanos não estará disposto a querer uma mudança política neste momento de crise. Embora não tão popular, os resultados alcançados por Trump em áreas historicamente problemáticas nos EUA deverão pesar em favor à sua reeleição.
A economia dos Estados Unidos criou empregos em ritmo recorde neste momento pós-pandemia. Houve diminuição da recessão e a recuperação rápida já é sentida pelo mercado financeiro. O eleitor americano considerará os resultados de Trump na concretização de suas promessas de campanha e não deverão buscar mudança neste momento em que o país se recupera da pandemia.
Presumo que alguns pontos deverão fazer a diferença no resultado da corrida eleitoral americana este ano. Antes da pandemia o governo americano alcançou a marca histórica do menor desemprego no país em 50 anos, estimado em 3,5% – estado de pleno emprego. E em julho deste ano, o relatório do Departamento de Trabalho dos EUA informou que a criação de vagas de trabalho fora do setor agrícola dos EUA chegou a 4,8 milhões, maior salto desde que o governo começou a manter registros, em 1939.
Essas manobras econômicas adotadas pelo Presidente Trump geraram resultados concretos na vida dos americanos antes e agora no pós-pandemia. Agora, a rápida assistência financeira às empresas e pessoas, além de estímulos para recontratação, estão fazendo as pessoas passarem por esse momento de forma a sentirem-se menos desesperadas e com mais confiança que o Governo conseguirá gerenciar economicamente a crise.
Com discurso de proteção aos empregos para americanos, o Presidente Donald Trump adotou medidas para restringir a emissão de vistos de trabalho a estrangeiros, o que agradou americanos. Dados da Casa Branca, mostraram que entre fevereiro e abril de 2020, mais de 17 milhões de empregos nos Estados Unidos foram cedidos a pessoas que solicitaram vistos H-2B, H-1B e L – usualmente estrangeiros.
Desde o início de seu mandato, o endurecimento das normas imigratórias e tolerância zero para imigração ilegal foi uma das principais metas de Trump. A pandemia facilitou a tomada de decisões concretas para diminuir a imigração ilegal, fomentar a imigração documentada e aumentar a arrecadação do país neste setor. Porém, mesmo com a diminuição da emissão de vistos, o país não deixou de arrecadar.
A barreira burocrática para a tramitação de vistos tem aumentado constantemente desde o início do mandato de Trump e em contrapartida o presidente aumentou os custos do green card para investidores nos EUA como no caso do EB-5, que exigia um investimento de US$ 500 mil (mais de R$ 2,5 milhões e foi reajustado para US$ 900 mil (quase R$ 5 milhões). Além disso houve aumento das taxas de imigração. De modo gera o país está em vantagem.
*Carlo Barbieri é analista político e economista. Presidente do Grupo Oxford, consultoria brasileira nos EUA