Um dos pontos mais críticos da crise provocada pelo covid-19 é a extrema dependência do mundo em relação à produção industrial chinesa, fato levou países a travarem disputa pelos itens mais necessários neste momento, como respiradores e máscaras de proteção facial. “É um alerta para o futuro: não se pode deixar a produção mundial nas mãos de um só país”, adverte o economista e analista político Carlo Barbieri. A observação também cursa com possíveis efeitos que virão, como a saída da indústria ocidental da China. “É o grande momento para o Brasil aproveitar e se ajustar, assumindo um mercado que a China pode perder”, destaca. Ao se adequar para fortalecer a indústria nacional, o Brasil poderá gerar empregos mais qualificados e ganhar uma fatia importante do mercado internacional. “Tem que atrair o capital de fora para investir, pois essa é a grande oportunidade.” Barbieri avalia que a pandemia provocou um desgaste enorme à globalização. “Tudo vai mudar em termos de economia mundial e vamos ter a necessidade de rever acordos”, assinala. No tabuleiro global, despontam como forças potenciais os Estados Unidos, que devem se restabelecer rapidamente, e a China, acompanhada da parceria com a Rússia. Barbieri é presidente do Grupo Oxford, a maior empresa de consultoria brasileira nos Estados Unidos, onde vive há 30 anos. De acordo com as projeções feitas até meados de abril, a economia, nos Estados Unidos, retornará à normalidade em agosto.

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