Publicado na revista Mercado Comum
Edição Julho / Agosto de 2013
por Carlo Barbieri
A nova onda imigratória dos brasileiros para os EUA andou surpreendendo a muitos quando ela se iniciou há alguns anos atrás.
Não são mais os desesperançados que buscavam entrar de uma forma ou outra no país, por alguma fronteira ou mesmo pelos aeroportos, para aqui buscarem a possibilidade de uma vida digna, mesmo sendo não-documentados pelas regras da imigração.
Agora temos uma nova onda de profissionais liberais, empreendedores, empresários que para cá estendem seus negócios e, ultimamente, exportadores que buscam um mercado difícil, mas seguro.
Seria problemático colocar os porquês do ponto de vista do país de origem. Vale apenas destacar, no caso brasileiro a visão clara de que o modelo de crescimento baseado no aumento do crédito, da fartura de recursos externos disponíveis e as vantagens da herança de uma nação bem estruturada economicamente, esgotou-se.
Desorganizou-se a economia, as torneiras externas foram fechadas, a corrupção passou a ser a política oficial do governo, os órgãos de Estado passaram a ser ferramentas de poder. As manifestações recentes mostram que a educação vai muito mal, a saúde está na UTI, não há segurança. Na verdade se vê que o Planalto está tentado curar gangrena com óleo de canfora (provavelmente orientado por médicos cubanos).
Porém, o que nos cabe analisar é o porquê da opção dos mais preparados, dos mais bem sucedidos, dos mais conscientes, por transladar-se, mudar seu centro de negócios para as terras de Tio Sam.
Seguramente não o é por termos aqui um governo muito melhor do que o do Brasil (guardadas as devidas proporções).
Quando foi empossado, ou melhor coroado, o Rei Obama trouxe um mar de esperança para os Estados Unidos e ao mundo. Mas, foi ouvir que tinha muito a aprender com o Brasil e acreditou! Temos um governo intervencionista, corrosivo, mentiroso e perverso.
Mas, e ai está a grande diferença, os EUA tem instituições fortes, um sistema empresarial independente do poder político que nele influencia, mas dele não depende.
O pais preza a moral publica, a honestidade é valorizada, os bons costumes enaltecidos, o empreendedorismo é matéria básica das escolas desde o ginásio.
A segurança jurídica é patrimônio nacional.