Matéria publicada nos jornais YahooFinance, Uol, Bol e Bloomberg

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Um programa dos Estados Unidos que concede residência legal a estrangeiros em troca de investimentos que gerem empregos está atraindo mais latino-americanos, que fogem das turbulências em seus países de origem.

O número de vistos concedidos para brasileiros no programa, conhecido como EB-5, aumentou dez vezes entre 2015 e 2018, coincidindo com os esforços do país para sair da recessão. O número de vistos para venezuelanos também deu um salto enquanto o país mergulhava na hiperinflação. Para o México, o aumento de vistos coincidiu com a eleição de Andrés Manuel López Obrador, que conquistou votos com uma plataforma de esquerda. Os três países também registraram um aumento dos índices de criminalidade.

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O número de vistos concedidos para latino-americanos no polêmico programa aumenta em um momento em que parlamentares americanos pedem uma regulamentação mais rígida ou até mesmo sua total eliminação. O EB-5, que exige um mínimo de US$ 500 mil em iniciativas que empreguem pelo menos 10 americanos, foi alvo de críticas por casos de fraude, ao mesmo tempo em que permitiria que ricos comprem os chamados green cards, que concedem permissão de residência, tomando o lugar de outros candidatos qualificados.

Investidores chineses lideram o número de vistos concedidos pelo programa, que tem uma meta global de cerca de 10 mil green cards por ano. O EB-5 ainda é popular na China, mas incorporadoras buscam recursos em outros lugares, inclusive na América Latina.

“Precisamos ter uma regulamentação realmente boa para estimular o investimento no interior e em algumas áreas que realmente precisam de apoio”, disse Carlo Barbieri, presidente do Oxford Group, cujos clientes são na maioria do Brasil. “Os brasileiros interessados no programa devem aproveitar o momento, porque ainda não está claro quais mudanças devem ocorrer no EB-5.”

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Latin Americans Emerge as Source in U.S. Cash-for-Visas Program

A U.S. program that grants legal residency to foreigners in exchange for job-creating investments is drawing a wave of interest from Latin Americans fleeing turmoil in their home countries.

For Brazilians, the number of visas from the program, known as EB-5, rose tenfold from 2015 to 2018 as Latin America’s largest economy struggled to emerge from a crushing recession. Venezuela’s total jumped as it spiraled deeper into hyperinflation. For Mexico, the increase coincided with left-wing populist Andres Manuel Lopez Obrador’s successful presidential campaign. All three countries have also suffered surges in violent crime.

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They’re jumping into a controversial program at a time when lawmakers have called for tighter regulation or even its outright elimination. EB-5, which requires a minimum of $500,000 into efforts that employ at least 10 U.S. workers, has been dogged by cases of fraud, and critics say it allows the wealthy to buy green cards, leapfrogging other qualified applicants.

Chinese investors have long dominated the program, which has a global target of about 10,000 green cards a year. EB-5 is still popular in China, but developers have been looking elsewhere for funds, including Latin America.

There’s cause to believe the two government branches can find common ground, Chen said: Congress recently allowed the Homeland Security Department to increase the number of visas granted to seasonal workers.

Tighter controls are needed because even rare incidents of fraud can erode confidence in the program, according to Carlo Barbieri, chief executive officer of Oxford Group, a South Florida-based consulting firm that helps foreigners choose sound EB-5 investments. New rules may also channel funds toward the heartland, he said. For now, the biggest recipients of EB-5 are New York and California, with Florida, Texas, and Washington also drawing significant funding under the program.

“We need to have really good regulation to stimulate investment in the countryside and in some areas that really need support,” said Barbieri, whose clients are mostly from Brazil. “Brazilians who are interested in the program should seize the moment because it is still unclear what changes should occur in EB-5.”